A saúde mental engloba três tipos de bem-estar: cognitivo, comportamental e emocional. No entanto, o termo também é comumente aplicado para designar a ausência de um transtorno mental.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o conceito de saúde mental é definido como “um estado de bem-estar em que um indivíduo percebe suas próprias habilidades, pode lidar com o estresse normal da vida, pode trabalhar de forma produtiva e é capaz de dar uma contribuição para sua comunidade”.
A OMS enfatiza que a saúde mental é “mais do que apenas a ausência de transtornos mentais ou deficiências”, mas também o cuidado contínuo do bem-estar e da felicidade.
Vale lembrar que uma saúde mental comprometida afeta os relacionamentos, a qualidade de vida, as atividades do dia a dia e até a saúde física.
O inverso também é válido: conexões interpessoais, doenças físicas, más condições de trabalho e outros problemas podem contribuir para perturbações na saúde mental e até para o desenvolvimento de transtornos.
Embora o termo saúde mental seja de uso comum, diversas condições que os médicos reconhecem como distúrbios psicológicos têm raízes físicas. Além disso, circunstâncias sociais e financeiras, fatores biológicos e estilo de vida podem impactar a saúde mental de uma pessoa.
É importante observar que uma boa saúde mental depende de um delicado equilíbrio de fatores – e que vários elementos podem agir em conjunto para desencadear o aparecimento de transtornos.
Muitos fatores podem contribuir ou desencadear problemas de saúde mental. Alguns exemplos incluem:
O histórico familiar também pode aumentar a probabilidade de problemas de saúde mental. No entanto, muitos outros fatores contribuem para o desenvolvimento desses distúrbios. Ter um gene ligado a um transtorno de saúde mental, como depressão ou esquizofrenia, não garante que a doença de fato se desenvolverá.
Da mesma forma, pessoas sem genes relacionados ou histórico familiar de doença mental também podem desenvolver problemas de saúde mental. Além disso, condições como estresse, depressão e ansiedade podem surgir como consequência de problemas de saúde físicos, como câncer, diabetes e dor crônica.
Pesquisas da organização internacional de desenvolvimento Sightsavers, da Universidade de Ilorin e do Ministério da Saúde do Estado de Kogi, na Nigéria, revelaram ligações entre deficiência visual e problemas de saúde mental. O estudo, publicado na Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene’s (RSTMH), estima que pessoas cegas com 50 anos ou mais têm quase quatro vezes mais chances de ter sintomas auto-relatados de ansiedade e/ou depressão do que aquelas sem deficiência visual. Indivíduos com deficiência visual grave são quase três vezes mais propensos, e aqueles com deficiência visual moderada duas vezes mais propensos a relatar problemas de saúde mental.
Não há nenhum exame que indique de forma confiável se uma pessoa desenvolveu uma doença mental. Para um diagnóstico preciso, é imprescindível consultar um profissional da psiquiatria. Fique atento aos seguintes sinais:
Os tratamentos podem incluir:
Falar sobre seus sentimentos pode ajudá-lo a manter uma boa saúde mental e a lidar com os momentos em que se sentir perturbado.
O exercício físico regular pode aumentar sua autoestima e ajudá-lo a se concentrar, dormir e se sentir melhor. O exercício mantém o cérebro e outros órgãos vitais saudáveis e ajuda na produção dos hormônios da felicidade, que promovem a boa saúde mental.
Seu cérebro precisa de uma mistura de nutrientes para se manter saudável e funcionar bem, assim como os outros órgãos do corpo. Uma dieta que é boa para sua saúde física também é boa para sua saúde mental.
Um estudo publicado em 2021 fez a conexão de uma alimentação saudável na infância com a saúde mental. Foi comprovado que crianças que comem ao menos cinco porções de frutas e vegetais apresentam pontuações mais altas de bem-estar mental.
Nenhum de nós é um super-herói. Todos nós às vezes podemos ficar cansados ou tristes em algum momento da vida. Não tenha vergonha de pedir ajuda.
Leia um bom livro, saia com os amigos e familiares, assista a um filme legal, dê um passeio, ouça as músicas que você gosta, tome um banho relaxante ou brinque com seu pet. Divertir-se pode ajudar a vencer o estresse e aumentar a autoestima.
Uma mudança de cenário ou de ritmo é boa para a sua saúde mental. Pode ser uma pausa de cinco minutos na limpeza da cozinha, uma pausa de meia hora para o almoço no trabalho ou um fim de semana explorando um lugar novo. Alguns minutos podem ser suficientes para desestressá-lo.
Somos todos diferentes. É muito mais saudável aceitar que você é único do que desejar ser mais parecido com outra pessoa. Sentir-se bem consigo mesmo aumenta sua confiança para aprender novas habilidades, visitar novos lugares e fazer novos amigos. Uma boa autoestima o ajuda a lidar com as dificuldades da vida.
Uma iniciativa da instituição Wellcome Trust realizou dez pesquisas globais para entender a relação entre a jornada de trabalho e a saúde mental dos funcionários.
Com isso, constataram que um trabalho flexível pode reduzir o conflito entre a vida profissional e a pessoal, evitando que isso seja uma fonte de estresse, depressão e ansiedade. Ter mais autonomia em sua função também está associado a menores índices de ansiedade e depressão.
Além disso, os estudos mostraram que interromper as atividades sentadas, realizando, por exemplo, alguns movimentos esporadicamente ou reuniões em pé, pode reduzir em 10% os sintomas de depressão e 15% os sintomas de ansiedade.
De acordo com o estudo, o bilinguismo faz bem para a saúde mental. Por isso, aprenda novas línguas!
Se você está tendo pensamentos suicidas, precisa de informações sobre o assunto ou conhece alguém que possivelmente precisa de ajuda, procure o Centro de Valorização da Vida, no número 188 (disponível 24h por telefone).
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