Separação de lixo: como fazer corretamente

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Separação de lixo é um tema essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Isso porque saber como separar o lixo corretamente é o primeiro passo para a destinação, a disposição e o tratamento adequados do lixo.

Poucos minutos de dedicação para a separação de lixo podem evitar danos significativos às pessoas e ao ambiente. Além de economizar recursos naturais, como energia, matéria-prima, água e espaço de aterros e lixões; e ainda gerar renda.

O que é coleta seletiva e qual a sua importância?

Como fazer a separação de lixo corretamente

Para separar os resíduos de maneira adequada é preciso ficar atento aos tipos de materiais que serão descartados. Basicamente, os resíduos e rejeitos são divididos em:

  • orgânico;
  • recicláveis não perigosos;
  • não recicláveis não perigosos;
  • perigosos.

Os orgânicos podem ser reciclados em casa por meio da compostagem ou embalados em sacolas biodegradáveis e encaminhados para aterros. Os recicláveis devem ser higienizados, embalados em materiais recicláveis e destinados para a reciclagem. 

Esse tema você vai entender com mais detalhes ao longo da matéria. Já os não recicláveis não perigosos podem ser embalados em sacolas biodegradáveis e enviados para aterros sanitários. Por sua vez, os perigosos merecem uma atenção especial para cada tipo de resíduo.

Confira no vídeo abaixo, de maneira sucinta, como separar o lixo corretamente:

Como fazer a separação de lixo orgânico?

O lixo orgânico é todo resto de alimento, como cascas de legumes, frutas, raízes, vegetais e folhas, entre outros resíduos de origem biológica. É preciso fazer a coleta seletiva do lixo orgânico. Mas melhor do que separar e embalar corretamente o lixo orgânico é praticar a reciclagem dos orgânicos em casa!

Você já ouviu falar em compostagem? Ela é a reciclagem dos resíduos orgânicos (principalmente os alimentares) que evita o impacto ambiental da emissão de gases do efeito estufa pelo transporte até aterros. E também pela própria incorporação desses gases na matéria orgânica do húmus, produzindo um rico adubo natural. Por isso é importante não só separar, mas também reciclar o lixo orgânico no local em que ele foi produzido.

Você já pensou em adquirir uma composteira? Para conhecer as vantagens e facilidades da prática de compostar, dê uma olhada nas matérias:

O que é compostagem e como fazer?
Lixo orgânico: o que é e como reciclar em casa

Mas, se você ainda não pratica compostagem, o ideal é separar o lixo orgânico e embalá-lo em sacos biodegradáveis. Existem sacos de lixo feitos de plástico biodegradável como o plástico PLA e o plástico de amido. Existem também os sacos feitos de plásticos oxibiodegradáveis, mas, atenção, seu uso é objeto de controvérsia. Entenda o porquê na matéria:

Plástico oxibiodegradável: problema ou solução?
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Como separar o lixo reciclável não perigoso?

O lixo reciclável é composto principalmente por papel, papelão, vidro, plástico (alguns tipos) e alumínio.

Deve-se fazer a separação de alumínio com alumínio, vidro com vidro, plástico PET com plástico PET, entre outros tipos de plástico. Mas se você não tiver tempo e espaço para fazer essa seleção mais minuciosa, tudo bem. Você pode colocar vidro com alumínio, desde que o destino ou posto de coleta aceite receber esses materiais. Pontos de coleta seletiva são uma alternativa à coleta feita na porta de casa.

Para saber quais são os postos de coleta mais próximos de sua residência, assim como os dias e horários das coletas, acesse os mecanismos de busca gratuitos do Portal eCycle.

Como fazer coleta seletiva em casa

Higienização

O primeiro passo para a separação é caracterizada pela higienização do lixo, para evitar que ele se transforme em local de reprodução de vetores de doenças. Afinal isso pode causar desconforto aos trabalhadores da cadeia do lixo. Latas de alumínio com molho de tomate, por exemplo, podem ser um ambiente de proliferação de bactérias que geram mau odor. Isso pode causar mal-estar aos trabalhadores que recolhem e manuseiam esse tipo de material.

Se quiser evitar essa situação, é indicado higienizar esses recipientes, economizando o máximo de água possível. Para isso, você pode deixar essa embalagem dentro da pia durante o dia. Para que a água utilizada para lavar as mãos e a louça caia sobre ela, atuando como uma água reutilizada. Assim, ao final do dia, a embalagem estará limpa.

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Embalagem

Após a lavagem com água de reúso, o lixo reciclável deve secar e ser embalado em sacos não biodegradáveis reciclados ou recicláveis. No caso do papel, o ideal é não amassá-lo, já que quanto mais intacto, maior o valor para a reciclagem. Ao amassar uma folha, você afeta as fibras de celulose, prejudicando seu valor comercial para reciclagem. Se houver vidro quebrado ou outro tipo de material de risco à saúde dos trabalhadores, embale-os de maneira segura e identifique-os.

Para saber como embalar vidro quebrado, dê uma olhada na matéria: “Como descartar vidro quebrado?“. Mas antes confira quais tipos de vidro são recicláveis ou não na matéria: “Todos os tipos de vidros são recicláveis?“.

Sacos de lixo para coleta seletiva: quais utilizar?

Separação

Seguindo as cores da coleta seletiva, o indicado é armazenar o papel em cestos de lixo azuis. O vidro em cestos de lixo verdes, o alumínio em cestos de lixo amarelos e por aí vai. Para não errar na hora de descartar, é importante saber as cores da coleta seletiva. Dê uma olhada no vídeo do Portal eCycle:

Lixeiras para coleta seletiva: modelos e características

Como fazer a separação de lixo não reciclável e não perigoso?

A reciclabilidade de um material é relativa. O lixo não reciclável hoje pode ser reciclável amanhã. Isso depende da viabilidade econômica do momento, das tecnologias disponíveis ou do tipo de material. Atualmente, muitos materiais encontrados no lixo que produzimos ainda são de difícil reciclabilidade, como:

  • Papéis parafinados ou plastificados
  • Fitas adesivas
  • Etiquetas
  • Papel carbono
  • Espelhos
  • Fotografias
  • Esponjas de lavar louça
  • Fita crepe
  • Esponjas de aço
Cerâmica: existe reciclagem?

Nesses casos é indicado não consumir esse tipo de item ou consumir outros materiais semelhantes. Mas que seja ou tenha embalagem reciclável e menos impactante.

Quando não for possível deixar de consumir materiais não recicláveis, outra alternativa é optar pela reutilização e, só em último caso, descartar. Nesse último caso, o ideal é embalar o resíduo em um saco de lixo não biodegradável reciclado ou reciclável. 

Pelo padrão das cores da coleta seletiva, os sacos de lixo para os não recicláveis devem ser da cor cinza. Mas se você utiliza o serviço de coleta de resíduos da prefeitura, confira as regras específicas de sua cidade. Se você tem dúvidas sobre o que é ou não reciclável, confira a matéria: “Lixo reciclável e não reciclável: saiba qual é qual“.

Como fazer a separação do lixo perigoso?

Foto de Laura Rivera na Unsplash

A separação do lixo perigoso é essencial. Isso porque o lixo classificado como perigoso é aquele que apresenta riscos à saúde pública e ao meio ambiente. Por ser inflamável, corrosivo e/ou reativo quimicamente. 

Por isso precisa de tratamento e disposição especiais. Esse tipo de lixo inclui restos de tinta, lixo hospitalar, produtos químicos, lâmpadas fluorescentes, pilhas, baterias, entre outros.

Mesmo que a prefeitura faça a coleta, o lixo perigoso não pode ser colocado em sacos de lixo e levado ao lixo comum. Isso pois uma vez descartado em aterros e lixões, junto com a água da torneira (no caso de tintas látex) ou no solo, pode causar danos irreversíveis à saúde ambiental e humana. Nesse caso, a separação e descarte correto variam de acordo com cada tipo de material. Entenda melhor esse tema nas matérias:

Como fazer descarte de tinta
Lixo hospitalar: tipos, riscos e como descartar
Descarte de medicamentos: saiba como fazer
Descarte de lâmpadas fluorescentes: como fazer?

Separação do lixo em condomínios

Para facilitar a implantação da coleta seletiva e a gestão consciente de resíduos, existem empresas especializadas. Elas oferecem um projeto específico para viabilizar a coleta seletiva em condomínios. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.

Soluções para a coleta seletiva em condomínios

Em São Paulo, uma empresa que atua com projeto de coleta seletiva é o Instituto Muda. Desde 2007, eles realizam o diagnóstico e o projeto para adequar a infraestrutura necessária para o acondicionamento dos recicláveis. A implantação inclui palestras e treinamentos, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos, além de certificado de destinação correta.

Instituto Muda: empresa de coleta seletiva em condomínios

Se você se interessou pelo trabalho do Instituto Muda e deseja fazer a cotação para a coleta seletiva em seu condomínio, preencha o formulário abaixo e um representante entrará em contato com você.

Stella Legnaioli

Jornalista, gestora ambiental, ecofeminista, vegana e livre de glúten. Aceito convites para morar em uma ecovila :)

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