Simazina é um herbicida sistêmico permitido no Brasil, ele é usado em culturas como o milho, abacaxi, café e cana-de-açúcar. Os efeitos desse herbicida na saúde humana são doenças carcinogênicas e danos no sistema nervoso e endócrino. No meio ambiente, a simazina pode provocar a morte de algas e peixes, além da contaminação da água e do solo, afetando animais e pessoas.
Simazina é um herbicida sistêmico, de fórmula C7H12ClN5, que tem como objetivo a eliminação de espécies vegetais invasoras. Ele é permitido no Brasil, e é utilizado para a plantação de milho, abacaxi, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, pinus, uva, seringueira, sisal, sorgo, fumo e maçã.
A simazina é enquadrada na classe III de toxicidade para humanos. O produto é considerado muito perigoso para o meio ambiente, sendo classificado na classe II. A simazina é considerada um poluente prioritário, já que é persistente ao meio ambiente e tóxico.
De acordo com um estudo, a simazina é o segundo herbicida mais presente nas águas da Austrália, Europa e Estados Unidos. Esse herbicida está presente na composição de agrotóxicos, em conjunto com outras substâncias.
Uma das substâncias em que a simazina é aplicada em conjunto é a atrazina, outro herbicida sistêmico. Ambas pertencem ao grupo químico triazina e têm o mesmo nível de toxicidade ambiental e humana. O perigo ao meio ambiente ocorre por conta da alta persistência do produto ao meio, permanecendo no ambiente por longos períodos.
A simazina, assim como a atrazina, é um herbicida solúvel em água, o que permite que ela se espalhe com maior facilidade no ambiente aquático. Além disso, é altamente tóxico para algas, afetando os ecossistemas aquáticos.
Estudos indicam que a simazina pode provocar a feminização de animais, como sapos, peixes e ratos. Isso ocorre devido à capacidade do herbicida de converter a testosterona em estradiol, um hormônio feminino. Dessa forma, o resultado é a alteração da capacidade reprodutora da espécie, gerando um desequilíbrio ambiental.
Para a saúde humana, o herbicida pode desenvolver doenças carcinogênicas, problemas no sistema endócrino e no sistema nervoso. Além disso, a simazina pode provocar danos na reprodução humana. O contato humano com essa substância ocorre pela ingestão de alimentos contaminados ou da água.
A simazina é altamente tóxica para algas, afetando os ecossistemas aquáticos. Por isso, é indicado que a aplicação seja realizada com uma distância mínima de 250 m de corpos d’água.
Essa restrição também vale para locais com a presença de moradias isoladas, animais e flora vulnerável. No caso de povoamento humano, a aplicação do agrotóxico deve ser realizada com uma distância de 500 metros.
Outra medida para minimizar os danos é descartar a embalagem do produto adequadamente, evitando a contaminação do solo e da água. Assim, as embalagens não devem ser lavadas ou descartadas no meio ambiente.
Além disso, após a contaminação pelo agrotóxico, uma alternativa para a sua remoção do meio ambiente é através do uso de barreiras com o uso de óleos vegetais e aterros. Dessa forma, a substância é barrada, reduzindo a sua presença no curso d’água.
Para que essa técnica funcione, é necessário saber as características do corpo hídrico, como a quantidade de matéria orgânica, umidade e sedimentos. Já para a remoção do herbicida do solo, podem ser utilizadas minhocas. As minhocas têm o papel de aderir as moléculas, retirando a substância do solo.
Caso o produto seja derramado no solo, é necessário realizar a retirada da terra contaminada. Em seguida, o material coletado precisa ser lacrado, identificado e retirado do local. A retirada pode ser realizada pela empresa responsável pela fabricação do produto.
Já a contaminação de corpos hídricos, é necessário informar um órgão ambiental para que seja feita a análise do ambiente. Além disso, os insumos existentes no corpo d’água não devem ser coletados para o consumo.
No caso de contaminação em um piso pavimentado, o produto deve ser absorvido com areia ou serragem. Esse material deve ser lacrado, identificado e destinado para o descarte correto, que pode ser realizado pela empresa responsável pela fabricação do agrotóxico. A simazina é um produto inflamável, por isso, no caso de incêndios, as opções de extintores que podem ser utilizados são de gás carbônico, pó químico ou água em forma de neblina.
O armazenamento da embalagem deve ser realizado em um ambiente isolado do meio ambiente, alimentos e bebidas. Devem ser evitados locais inflamáveis, já que a combustão da simazina pode contribuir para a poluição do ar.
A sua aplicação deve ser feita com o uso de equipamento de proteção individual (EPI) para evitar a contaminação do organismo. O produto deve ser aplicado em solo úmido, para melhor eficácia. Além disso, ela deve ocorrer em períodos do dia de menor temperatura e com menor presença de ventos, como medida preventiva para a expansão do produto.
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