A síndrome de Guillain-Barré é uma condição autoimune rara, em que o paciente sente dormência e fraqueza muscular que pode afetar o funcionamento do corpo. A causa dessa doença é a resposta anormal do sistema imunológico a uma outra condição, fazendo com que as células imunes ataquem os nervos periféricos, gerando danos em seu tecido.
Diferente da maioria das outras doenças autoimunes, a síndrome de Guillain-Barré não é crônica. Ou seja, mesmo sem cura específica, com o tratamento adequado, os sintomas podem desaparecer. Por ser resultado de uma reação imunológica anormal, que ataca os nervos periféricos, pessoas com a síndrome podem perder o controle dos músculos e apresentar paralisia.
Os primeiros sinais da síndrome de Guillain-Barré são a fraqueza muscular e a sensação de formigamento. Os sintomas aparecem de repente e afetam as duas partes do corpo, começando pelos pés e mãos, e partindo para os braços e rosto. O paciente pode apresentar dificuldade de subir escadas ou andar.
Quando não identificada e tratada imediatamente, a síndrome de Guillain-Barré pode progredir e durar semanas. Os sintomas mais severos da condição surgem nas duas primeiras semanas após a pessoa apresentar o quadro. Na terceira semana, a pessoa já apresenta fraqueza extrema.
Os sintomas mais graves da síndrome de Guillain-Barré são:
Se você apresentar algum dos sinais da síndrome de Guillain-Barré, entre em contato com um profissional de saúde. Quanto mais rápido é feito o tratamento da condição, menor são as complicações.
Caso o paciente não procure tratamento imediato para a condição, poderá sofrer com complicações severas, que afetam a qualidade de vida do indivíduo. Nesses casos, os nervos autônomos, parte do sistema nervoso que controla funções vitais como os batimentos cardíacos e a digestão, são afetados pela reação autoimune e passam a trabalhar com dificuldade.
O nome dado para esse quadro de complicações é disautonomia, as suas principais características são:
As formas pelas quais a síndrome de Guillain-Barré se apresentam são diversas, mas as mais comuns são:
A principal causa da síndrome de Guillain-Barré é uma reação anormal do sistema imunológico, que passa a se auto-atacar. Essa reação pode ser desencadeada por uma infecção, uma neuropatia (condição que afeta os nervos), diarreia, infecção respiratória ou viral e como efeito colateral de cirurgias.
Existem casos raros em que o paciente desenvolveu a síndrome de Guillain-Barré como efeito colateral do uso de vacinas. Entretanto, é preciso pontuar que a probabilidade do indivíduo desenvolver essa condição é menor do que os benefícios de se manter vacinado.
Durante a consulta com o médico, ele irá perguntar sobre os sintomas e o histórico de saúde do paciente. Depois disso serão prescritos alguns exames, para a identificação de síndrome de Guillain-Barré. Bem como a eliminação da possibilidade de quadros neurológicos ou da ausência dos reflexos tendinosos profundos.
Nesse caso são realizados os seguintes exames:
Punção lombar: uma agulha é inserida na parte inferior da coluna do paciente para a retirada e análise do líquido cefalorraquidiano;
Eletromiografia (EMG) e testes de condução nervosa: essa testagem analisa o funcionamento dos músculos esqueléticos e os nervos que os controlam;
Exames de imagem: exames como a ressonância magnética podem ser prescritos para que regiões, como a espinha, sejam analisadas;
Pessoas que apresentam síndrome de Guillain-Barré são direcionadas à unidade de tratamento intensivo (UTI) do hospital. Elas ficam lá até o tratamento ser finalizado e os profissionais de saúde terem certeza que não irá ocorrer uma piora no quadro. Apesar de não existir cura para a condição, algumas técnicas podem ser aplicadas para reduzir o tempo de recuperação do paciente:
Troca de plasma (plasmaférese): uma máquina separa a plasma do sangue humano, trata-a, e a retorna para o organismo. Essa técnica serve para filtrar do sangue os anticorpos que estão atacando os nervos;
Terapia com imunoglobulina intravenosa: aplicação de injeções intravenosas de imunoglobulinas, proteínas usadas pelo corpo para atacar organismos invasores. Ela pode diminuir o ataque do seu sistema imunológico aos nervos. As imunoglobulinas provêm de doadores saudáveis;
No caso do paciente desenvolver algum tipo de complicação em decorrência da síndrome, será necessário o tratamento específico dessas condições. Os principais cuidados para esses efeitos colaterais são: cuidado respiratório, como ventilação mecânica; prevenção de coágulos sanguíneos; fluidos intravenosos e alimentação por sonda. Pessoas que desenvolvem complicações físicas, que impedem movimentos musculares, podem ser encaminhadas para a fisioterapia.
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