Solo ácido é um tipo de solo associado a pouca quantidade de cálcio e magnésio, baixa decomposição de matéria orgânica, presença de substâncias tóxicas, como alumínio, entre outros aspectos. Em geral, ele pode levar a um baixo desenvolvimento das plantas, devido à baixa fixação de nitrogênio ocasionada pela falta de matéria orgânica.
Solo é todo material inconsolidado formado na superfície dos continentes pela ação do intemperismo e pedogênese, e que é capaz de suportar a vida, seja ela em sua forma vegetal ou animal. Em função das condições ambientais, os solos podem apresentar características e propriedades físicas, químicas e físico-químicas diferentes.
Assim, os solos podem ser argilosos, arenosos, vermelhos, amarelos ou cinza esbranquiçados. Eles ainda podem ser ricos ou pobres em material orgânico, e espessos (algumas dezenas de metros) ou rasos (alguns poucos centímetros), apresentando homogeneidade ou diferenças facilmente percebidas horizontalmente.
O pH do solo é uma escala de medição da acidez e da alcalinidade do solo. Essa unidade de medida é utilizada para controlar as condições do solo e pode variar de 0 (muito ácido) a 14 (muito alcalino), sendo o pH 7 o valor neutro. A alteração do pH pode prejudicar a sobrevivência de plantas nativas, mas também pode ajudar na produção agrícola.
O pH é o potencial hidrogeniônico de uma solução. Ele avalia o grau de acidez ou alcalinidade da composição e pode ser alcalino, ácido ou neutro, dependendo do valor representado na escala.
Os valores do pH variam na escala de 0 a 14, sendo 0 o valor mais ácido e 14, mais alcalino. O ph 7 é neutro, e é o valor de pH ideal para a água pura.
O pH é medido em escala logarítmica. Por isso, a diferença entre um valor e outro é de 10 vezes. Isto é, o pH 8 é 10 vezes mais alcalino do que o ph 7 e 10 vezes mais ácido do que o ph 9. A fórmula que representa essa condição é:
pH = -log [H +]
Ela representa a concentração de íons de hidrogênio [H +] na solução.
Alguns solos são mais ácidos que outros. O solo formado a partir de granito e arenito tende a ser mais ácido do que os solos formados a partir de calcário. Isso ocorre porque o calcário consiste principalmente de carbonato de cálcio, o mesmo composto encontrado em antiácidos.
Além disso, a água no solo libera elementos alcalinos, como sódio, cálcio e magnésio. Por causa disso, solos de regiões chuvosas e solos arenosos (que drenam facilmente) tendem a ser mais ácidos do que solos argilosos (que retêm água) ou solos de regiões secas.
Solos muito cultivados também podem se tornar ácidos, pois fertilizantes de nitrogênio e enxofre aumentam a acidez dos solos, enquanto as culturas absorvem nutrientes alcalinos e deixam o solo ácido para trás.
Examinar suas plantas pode ajudá-lo a determinar se seu solo precisa ou não ser menos ácido:
A correção do solo é uma prática muito utilizada para a produção agrícola. Ela consiste em alterar o pH do solo, o tornando ideal para a espécie que será cultivada. Essa correção varia de acordo com as características do local e da espécie vegetal cultivada.
Um estudo realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) testou o calcário dolomítico, o calcário calcinado, o gesso e a escória para observar seus efeitos sobre o pH do solo. Ele concluiu que o calcário calcinado foi o que teve maior efeito para a correção de um solo ácido. Esse efeito é resultado de suas características neutralizantes e da presença de carbonatos e óxidos na composição.
O estudo também concluiu que os materiais escolhidos têm capacidade de promover a correção do solo, com exceção do gesso. O gesso não possibilita a correção do solo, porém contribui para a fertilização e a liberação de cálcio e enxofre, os quais têm potencial corretivo.
Mas por que os demais materiais conseguem neutralizar o solo? Isso acontece por conta dos carbonatos e dos óxidos presentes em suas composições, permitindo a dissociação dos elementos ácidos, tornando-os neutros.
Apesar disso, esse processo pode levar a vários danos ambientais. Em primeiro lugar, a mineração de calcário contribui para a destruição de ambientes naturais com a presença dessa rocha, prejudicando comunidades locais e estudos arqueológicos. Além disso, ele pode contaminar rios, lagos e lençóis freáticos, alterando a sua composição. No Brasil, o calcário destinado ao uso agrícola representa cerca de 21% de sua extração.
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