O sorvete é um alimento congelado tipicamente produzido a partir de laticínios, como o leite, creme de leite e nata, açúcar e diferentes sabores. É uma sobremesa extremamente popular e adorada por muitos no mundo inteiro, mas que só atingiu a sua fórmula como é conhecida atualmente durante o século 20.
Atualmente, o sorvete comercial é feito a partir da combinação dos ingredientes líquidos (leite, creme e xaropes) com ingredientes secos (açúcar, estabilizantes, ovos secos ou leite) para formar uma mistura, que é então pasteurizada e homogeneizada. Depois desse processo, o sorvete é congelado, misturado com outros ingredientes sólidos, como nozes e outras coberturas, para ser embalado e pronto para consumo.
Existe uma infinidade de sabores diferentes de sorvete, com os mais comuns incluindo baunilha, de chocolate e morango — que juntos formam o famoso sorvete napolitano. Contudo, para atingir a sua fórmula atual, a sobremesa passou por diversas modificações ao longo dos anos.
Acredita-se que o alimento tenha origem na Pérsia, onde a população misturava gelo com suco de frutas para fazer uma sobremesa chamada bastani, por volta de 500 a.C. Durante essa época, a sobremesa era uma iguaria apreciada pela nobreza, uma vez que o calor persa dificultava sua produção.
No entanto, a receita original do bastani é mais similar ao que é conhecido como sorbet — um tipo de sorvete que exclui a adição de leite e derivados e possui uma textura diferente da sobremesa convencional.
O bastani foi transformado na tradicional sobremesa gelada iraniana chamada faloodeh após a conquista muçulmana da Pérsia em 651 d.C.
Entretanto, acredita-se que a introdução da sobremesa na Europa ocorreu através da influência de Alexandre, o Grande, que apreciou a sobremesa congelada durante a guerra contra o Império Persa. Após seus seguidores voltarem à Europa, o sorvete foi gradualmente introduzido nas primeiras sociedades ocidentais.
Por outro lado, o sorvete também possui uma história de origem na China. Por volta de 200 a.C., as pessoas na China saboreavam uma mistura simples de leite e arroz, que era preservada e embalada na neve, marcando a primeira versão da sobremesa com leite.
Entre os séculos 9 e 11, os confeiteiros começaram a experimentar sorvetes à base de leite. Durante essa época, Marco Polo descobriu diversas receitas, entre elas um tipo de creme congelado, que trouxe de volta à Itália em 1925 e que impulsionou a fabricação do sorvete como conhecemos atualmente.
Hoje, existem diversos tipos de sorvetes com a mesma premissa — uma sobremesa congelada, que pode ou não, ser à base de leite e leite condensado. Do gelato italiano, às paletas mexicanas, ao sorbet e ao sorvete de palito que conhecemos e amamos, esse alimento virou uma das sobremesas mais apreciadas no mundo inteiro.
O perfil nutricional do sorvete pode variar de acordo com a marca, sabor e tipo. Porém, um sorvete de baunilha convencional pode possuir entre 100 a 200 calorias em uma porção de 65 a 92 gramas, sendo rico em gorduras e açúcares.
Ao mesmo tempo, esse alimento também pode ser uma fonte de fósforo e cálcio, fornecendo cerca de 6 e 10% do Valor Diário (DV), respectivamente, por porção de 65 gramas. Ambos os nutrientes são essenciais para o funcionamento do organismo, contribuindo para a função muscular e a saúde óssea.
Apesar dessa pequena contribuição para a saúde, especialistas recomendam que o consumo do sorvete seja moderado, uma vez que sua versão comercial possui ingredientes que podem causar efeitos adversos no organismo. Esse é o caso do açúcar e outros possíveis adoçantes, associados a várias condições de saúde, incluindo obesidade, doenças cardíacas, diabetes e doença hepática gordurosa.
Quando pensamos em um delicioso sorvete, a última coisa a ser considerada é seu possível impacto ambiental. De fato, nem seus possíveis efeitos na saúde distanciam o público dessa sobremesa.
No entanto, assim como qualquer alimento de origem animal, o sorvete pode ter muitos impactos negativos no meio ambiente. A indústria de laticínios é responsável pelo sofrimento de aproximadamente 270 milhões de vacas no mundo inteiro, que são confinadas e exploradas por seu leite que inicialmente seria destinado aos bezerros. Além do sofrimento animal, a confecção desses produtos é grande contribuinte para as mudanças climáticas e para a degradação do meio ambiente em geral.
Entre os impactos ambientais dessa indústria estão a emissão de metano, pela qual a indústria da agropecuária é responsável por 30%, alto consumo e poluição da água por fertilizantes e estrume, destruição do solo e desertificação de áreas florestais para a criação de campos de pasto.
Além disso, o óleo de palma, que também é utilizado em diversos tipos de sorvete, ameaça as florestas tropicais e a biodiversidade de plantas e animais que lutam para sobreviver nelas.
De acordo com a WWF, cerca de 85% da produção mundial de óleo de palma provém da Indonésia e da Malásia. A produção irresponsável desse ingrediente responsável pela textura cremosa de alguns sorvetes promove a queima e desmatamento de florestas tropicais essenciais à biodiversidade mundial.
Com moderação, o sorvete pode continuar a ser apreciado. Apesar de seus riscos à saúde e ao meio ambiente, alguns tipos dessa sobremesa possuem menos impactos e podem ser um ótimo alimento para apreciar de vez em quando.
Você pode conferir nossas receitas de sorvete caseiro, com passo a passo e modo de preparo, para algumas versões mais saudáveis da sobremesa. Veja como fazer sorvete caseiro na matéria:
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