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Entenda mais sobre a Spiral Jetty, uma obra de arte natural localizada em Utah, nos Estados Unidos
Spiral Jetty é uma obra de arte de Robert Smithson realizada em 1970 em Utah, nos Estados Unidos. O espiral de 455 metros de comprimento e 4,5 metros de largura foi construído usando rochas de basalto preto e terra de Rozel Point, onde foi instalada, no braço norte do Great Salt Lake (Grande Lago Salgado).
Na primavera de 70, Smithson tinha 100 dólares e a inspiração de “induzir cristais de sal na rocha e no cascalho como incrustações que se desenvolveriam ao longo do tempo.” O propósito da obra, segundo o artista relatou à Divisão de Terras Estaduais de Utah, era “puramente estético”.
Embora incomum, o pedido foi aceito, e em seis dias, 625 horas de trabalho, 292 horas de caminhão, 9 mil dólares e 6.500 toneladas de basalto, calcário e lama a escultura estava pronta.
“Eu estava saindo de mim mesmo novamente, dissolvendo-me em um começo unicelular, tentando localizar o núcleo no final da espiral”, disse o autor da obra ao finalizá-la.
Smithson morreu com 35 anos, em 1973, em uma queda de avião quando estava pesquisando outra instalação de arte no Texas, e não pôde ver sua obra de arte quando foi engolida pelo Great Salt Lake pelas próximas duas décadas.
Depois de ser submergido, por volta da virada do milênio, o lago começou a ficar cada vez menor e mais baixo — e a espiral estava consistentemente visível e disponível novamente. Foi através dessa ressurreição que a Spiral jetty tornou-se um marco de Utah, atraindo turistas e locais interessados pela arte.
Em 1999, graças à generosidade da artista Nancy Holt, esposa de Smithson, e do espólio de Robert Smithson, a Spiral Jetty foi doada à Dia Art Foundation.
A interação do Spiral Jetty e do meio ambiente
Rozel Point atraiu Smithson por uma série de razões, incluindo sua localização remota e a qualidade avermelhada da água naquela parte do lago, que é um efeito das algas do local. A obra foi feita com materiais naturais e encontrados na área, sendo uma grande representação de arte natural.
A exposição da obra depende e é afetada pelas flutuações sazonais do nível do lago, que podem submergi-la ou deixá-la completamente exposta e coberta de cristais de sal. No entanto, as mudanças de flutuações são gravemente impactadas pela ação antrópica e pelas mudanças climáticas.
O lago, como explicado por Bonnie Baxter e Jaimi Butler, co-fundadora do Instituto Great Salt Lake “tem pouca esperança de recuperação” devido a esses fatores.
Turismo
Desde seu ressurgimento, a Spiral Jetty continua atraindo turistas e curiosos pela obra de arte. O espiral continua no mesmo local, mesmo com as flutuações do lago e as mudanças na paisagem — que incluem a remoção de equipamentos e reboques enferrujados e o alisamento da estrada de terra.
“Ele teria aprovado os esforços bem-sucedidos em 2008 para impedir a perfuração de petróleo nas proximidades? Ele gostaria que alguém escorasse o píer enquanto o clima e o tempo cobram seu preço? Essas são questões que os administradores do local — a Dia Art Foundation na cidade de Nova York, o Great Salt Lake Institute e o Utah Museum of Fine Arts — ponderam”, diz Elaine Jarvik, da Life Elated Utah.
Independentemente das respostas dessas questões, turistas ainda são convidados a visitar a Spiral Jetty, em Utah. Só o que se pede, como uma regulamentação silenciosa entre os amantes do ecoturismo, é a regra de “leave no trace” ou “não deixar rastros”.
Os turistas são instruídos a não retirar pedras existentes da obra de arte nem pisar na vegetação. Além disso, fazer fogueiras perto da obra de arte ou no estacionamento é estritamente proibido e resultará em multas significativas. Em suma, nada deve ser levado do local, apenas as lembranças de uma das grandes obras de Smithson e da natureza.
