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O formaldeído é permitido pela Anvisa em cosméticos apenas com a função de conservante, com concentração máxima de 0,2%

Uma pesquisa recente comprovou que o formaldeído, substância presente em vários produtos domésticos e cosméticos, no ar poluído e utilizado na construção, é um poderoso modificador dos padrões epigenéticos das células. A epigenética é o processo que regula a atividade genética, permitindo que as células, tecidos e órgãos se adaptem às mudanças ambientais. 

O formaldeído, comumente conhecido como formol, é um produto químico incolor, de cheiro forte e inflamável. A substância foi, inicialmente, muito utilizada no Brasil como um alisante de cabelos. Porém, seu uso com esse fim foi proibido pela Anvisa. 

A pesquisa, publicada na revista científica Science, foi liderada pelo Dr. Christopher J. Chang, da Universidade da Califórnia, Berkeley, e pioneiro no estudo dos efeitos de diversos produtos químicos no metabolismo celular. O objetivo do estudo foi de observar os efeitos de altas concentrações de formaldeído no corpo, além dos riscos já conhecidos, como o desenvolvimento de câncer, degeneração hepática e asma.

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De acordo com os pesquisadores, o formaldeído é um inibidor da proteína MAT1A, que é a principal produtora de S-Adenosil-L-Metionina (SAMe). A SAMe é a doadora universal do grupo químico “metil” que regula a atividade epigenética. 

“(..) Descobrimos que a exposição ao formaldeído induziu uma redução no conteúdo de SAMe e causou a perda de metilação das histonas, proteínas que empacotam o nosso DNA e controlam a função de milhares de genes”, disse o Dr. Manel Esteller, um dos autores da pesquisa. 

“Descobrimos que o formaldeído tem a capacidade de modificar a paisagem epigenética das nossas células, o que pode contribuir para as propriedades cancerígenas bem documentadas do formaldeído”, completou.

A regulamentação da Anvisa permite o uso do formol em cosméticos apenas com a função de conservante ou endurecedor de unhas, com concentrações máximas de 0,2% e 5%, respectivamente. No entanto, dados da Agência apontam que fiscais relatam ter encontrado o uso irregular da substância em alisantes, em concentrações superiores ao permitido. 

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“As autoridades internacionais de saúde já estão restringindo ao máximo o uso de formaldeído, mas ainda existem áreas de trabalho onde são utilizados elevados níveis do mesmo, como na fabricação de resinas, na produção de plástico, nas fundições industriais ou na indústria cosmética. Além disso, também se origina na combustão da gasolina automotiva e na fumaça do tabaco, portanto, devem ser promovidas políticas ambientais e de saúde que visem reduzir nossa exposição à substância caracterizada”, concluiu Esteller. 


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