Aprenda como procurar ajuda, prevenir e identificar os riscos de suicídio
Todo ato de suicídio é uma tragédia terrível, mas que pode ser prevenida com intervenções pessoais e externas. Em casos de crise, é importante lembrar que nada é permanente — sua situação pode mudar, sendo um caminho para um futuro melhor.
Todos nós já ouvimos a frase “o suicídio é uma solução permanente para um problema temporário”. Ela relata a verdade sobre o ato e suas tentativas. As consequências e o peso do suicídio afetam muito mais do que o indivíduo que o cometeu. Os efeitos do suicídio são duradouros e impactam a vida de pessoas envolvidas diretamente ou não.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio todos os anos. Ele ocorre ao redor do mundo, porém é mais frequente em países de baixa ou média renda.
Fatores de risco
Mesmo sendo a quarta causa de morte em jovens de 15 a 19 anos, o suicídio pode acontecer ao todo decorrer da vida de uma pessoa. Muitas vezes, ele pode ser um ato impulsivo, não premeditado e que aconteceu em um momento de crise passageira. Porém, ele também pode ocorrer decorrente de alguns distúrbios emocionais e outros fatores. Alguns deles são:
- Depressão e outros transtornos mentais
- Ter uma tentativa de suicídio previamente
- Abuso sexual, emocional ou físico
- Preocupações financeiras
- Dificuldades legais
Pensamentos suicidas
Os pensamentos suicidas podem ser ativos, que envolvem planos de tirar a própria vida e são mais claros. Existem também casos de pensamentos suicidas passivos, que não incluem planejamento, mas são caracterizados por pensamentos sobre a própria morte e o desejo de não existir mais.
Em casos como esses, é de extrema importância procurar ajuda profissional com psicólogos ou psiquiatras.
Sinais
As pessoas que sofrem com pensamentos suicidas, podem, muitas vezes apresentar indícios que vão recorrer ao suicídio. Entre esses sinais estão:
- Súbitas demonstrações de amor depois de um período depressivo
- Conversas que parecem despedidas
- Falar sobre tirar a própria vida ou sobre ser um empecilho na vida das pessoas
- Comportamentos imprudentes e impulsivos
- Isolamento
- Uso de drogas, álcool e outras substâncias
O que fazer
Se alguém que você conhece estiver apresentando algum desses sinais, o melhor a se fazer é oferecer ajuda. Se disponibilize a ouvir e a estar presente para a pessoa, ajudando-a a contatar profissionais ou voluntários em linhas de ajuda.
Em casos de emergência, ligue para números de emergência como 190.
Como procurar ajuda
Em caso de pensamentos suicidas frequentes, procure ajuda. Muitas pessoas passam por esses problemas sozinhos e podem acabar sucumbindo ao peso de seus próprios pensamentos. Portanto, pedir auxílio psicológico, à entes queridos ou até a linhas de ajuda pode ser essencial.
O Centro de Valorização da Vida (CVV), por exemplo, oferece serviços de chat, telefone, e-mail e postos de atendimento gratuitos com voluntários prontos para ajudar. O chat é aberto todos os dias em horários específicos:
- Domingo: 17h às 01h
- Segunda-feira: 09h às 01h
- Terça-feira: 09h às 01h
- Quarta-feira: 09h às 01h
- Quinta-feira: 09h às 01h
- Sexta-feira: 15h à 00h
- Sábado: 14h às 01h
Já a linha telefônica está aberta 24 horas por dia e pode ser acessada por todo território nacional de graça.
Para entrar em contato com os voluntários do CVV, ligue para o número 188 ou acesse cvv.org.br
Além disso, outros passos são necessários, como a procura de ajuda psicológica de longo termo, evitar o uso de álcool e drogas e se livrar de qualquer objeto que pode ser usado como arma e que podem auxiliar no processo de suicídio.
Você não está sozinho.