O suor é o líquido liberado pelo corpo durante um dos processos de termorregulação, que tem como objetivo regular a temperatura corporal. No caso do suor, esse processo é feito através da evaporação do líquido liberado por glândulas sudoríparas, que são encontradas em todo corpo, mas em maior quantidade nas palmas das mãos, testa, solas dos pés e axilas.
Além da termorregulação, o suor também é produzido a partir de outras reações do corpo. Fatores como exercícios físicos, febre, estresse, comidas picantes e até mesmo o álcool podem influenciar a liberação do líquido.
O conteúdo da transpiração depende de qual glândula o líquido está sendo expelido. Existem dois tipos de glândulas sudoríparas:
O conteúdo do suor é majoritariamente água, mas também possui outros fatores que dependem de qual glândula sudorípara foi responsável por sua produção e liberação.
O processo libera, também:
Quando puro, o suor não possui odor. O mau-cheiro da secreção é resultante de bactérias produzidas pela glândula apócrina, que decompõem o suor em ácidos graxos.
O odor do suor é particular a cada indivíduo, uma vez que a microbiota da pele é diversa e possui tipos diferentes de bactérias. No entanto, alguns especialistas acreditam que o suor fedido pode ser benéfico para a saúde. Uma das bactérias presentes na secreção é a Staphylococcus hominis, que pode proteger a pele de infecções e problemas inflamatórios, como a eczema.
Por outro lado, outros fatores podem influenciar o cheiro do suor, como alguns tipos de alimentos. Repolho, alho e cebola, por exemplo, possuem altos níveis de enxofre, que podem deixar o mau-odor mais aparente.
A carne também! Uma pesquisa de 2006 comprovou que o odor corporal de vegetarianos é mais “atrativo” do que de pessoas que consomem carne. O que indica que o produto animal também pode influenciar o cheiro.
Mas o mau-cheiro não é o único liberado pelo processo. Um estudo de 2015 indica que o ser humano é capaz de liberar um certo tipo de odor que é associado à felicidade através do suor. Esse odor característico é detectável por outras pessoas, fazendo com que elas também se sintam mais alegres. Desse modo, especialistas brincam com a ideia de uma felicidade contagiante que é derivada do suor.
Mas, afinal, suar faz bem? Em uma perspectiva fisiológica, sim! Sem o suor, o corpo pode superaquecer, o que pode comprometer o organismo como um todo. Ele é necessário para o controle de temperatura do corpo e é uma função essencial.
Contudo, alguns tipos de suor, como o resultante do estresse ou do calor excessivo e da febre podem indicar alguns problemas maiores, como exaustão pelo calor, ansiedade e doenças.
Em geral, é a atividade que resulta no suor que determina se ele faz bem ou não.
Durante exercícios, por exemplo, o suor pode indicar que as atividades atingiram um papel que promove a saúde cardiovascular. Além disso, a sauna também possui benefícios comprovados associados ao suor, assim como o alívio do estresse induzido pelo calor.
A hiperidrose, também conhecida como sudorese, é uma condição caracterizada pelo suor excessivo, mesmo sem o processo de regulagem de temperatura exercida pelo corpo. Ela pode não ter causas aparentes, ser resultante de algum efeito colateral de medicamentos ou outras condições médicas, como o hipertireoidismo, obesidade, diabetes e menopausa. A genética também pode influenciar a quantidade de suor liberada pelo corpo, sendo uma outra possível causa para a hiperidrose.
Em alguns casos, a hiperidrose também pode indicar condições mais sérias com sintomas severos, como:
Nesses casos específicos, a ida a um profissional de saúde é essencial para um diagnóstico e maior entendimento da condição.
Em contrapartida à hiperidrose, também existe a hipoidrose — resultante do suor reduzido, que pode ser causada por hipotireoidismo, desidratação, distúrbios da pele e queimaduras.
A condição é mais severa e pode causar o superaquecimento do corpo. Portanto, também deve ser analisada por profissionais da saúde.
Fazendo bem ou não, o mau odor do suor não é algo que as pessoas procuram. Por isso, diversos produtos disponíveis do mercado ajudam a controlá-lo. Mas, qual usar? A resposta está no nome dos produtos: o desodorante é responsável pela neutralização do cheiro do odor corporal e os antitranspirantes bloqueiam as glândulas sudoríparas para impedir o suor.
Os antitranspirantes são majoritariamente indicados para pessoas com hiperidrose, mas também podem ter riscos associados com o seu uso, uma vez que é composto por alumínio. Entretanto, a Sociedade Americana de Câncer concluiu que não existem evidências científicas para apoiar a afirmação.
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