A localização de produtos em supermercados pode criar hábitos saudáveis e mudar a dieta da população, apontam pesquisas realizadas na Universidade de Oxford, no Reino Unido. Após avaliarem resultados dos estudos, especialistas sugerem que uma intervenção em supermercados poderia ajudar a suprir parte da deficiência por micronutrientes na Inglaterra.
Atualmente, os valores diários de fibra alimentar, gorduras saturadas, sal e açúcar não estão sendo supridas no Reino Unido. A deficiência por micronutrientes é perigosa e pode resultar no desenvolvimento de doenças crônicas. Sendo também desencadeada por desigualdades socioeconômicas, colaboradores da Universidade de Oxford resolveram abordar o problema com algumas soluções simples.
O primeiro estudo aumentou a disponibilidade de alimentos mais saudáveis. Fazendo isso, alternativas saudáveis foram expostas perto de alimentos das mesmas categorias. Foi observado que, ao disponibilizar essas alternativas, houve a redução de 23% nas vendas dos produtos convencionais, menos saudáveis.
Porém, a estrutura dos supermercados não prioriza alimentos saudáveis, e sim, os que trazem mais lucro. Em épocas de feriados populares como a Páscoa, por exemplo, é comum que produtos relacionados à celebração fiquem em destaque, com corredores de ovos de páscoa e chocolate chamando a atenção do consumidor.
Por isso, a segunda pesquisa teve como objetivo a redução de disponibilidade desses itens para contabilizar seus resultados. Embora os produtos ainda estivessem disponíveis, eles não estavam em destaque.
Deste modo, foi possível observar a redução do consumo desses itens. Em supermercados onde as mercadorias continuaram tendo destaque, suas vendas subiram em até 18%, enquanto isso, locais afetados pela pesquisa reportaram um aumento de apenas 5%. Em relação aos dois locais, a diferença de consumo foi de 21 quilos por semana, por loja.
De acordo com pesquisadores, os resultados sugerem que existe a possibilidade da criação de uma nova regulamentação que permita que as mudanças sejam aplicadas em outros estabelecimentos. Essas estratégias seriam feitas pensando na saúde dos consumidores e priorizariam ações que resultem no consumo dos valores diários de nutrientes indicados por organizações de saúde.
Diante dos resultados, especialistas indicam que a primeira pesquisa pode ser mais eficiente a longo prazo. Disponibilizar alternativas saudáveis continua sendo a estratégia mais promissora para o aumento do consumo de alimentos saudáveis e essenciais para uma dieta balanceada.
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