Folha de taioba. Imagem editada e redimensionada de Ahmad Fuad Morad, está disponível no Flickr e licenciada sob CC BY-NC-SA 2.0
Taioba é um nome originário do tupi antigo que se refere às plantas da espécie Xanthosoma sagittifolium. No Brasil, a planta é considerada uma Planta Alimentícia não Convencional (Panc), já que é pouco conhecida e consumida.
Ela é nutritiva e repleta de benefícios para a saúde. Entretanto, é preciso tomar cuidado, pois esse vegetal possui aparência semelhante à de variedades venenosas.
Além disso, a própria taioba pode ser nociva se for ingerida sem cozimento, devido à presença de grandes quantidades de oxalato de cálcio, uma substância que causa sensação de queimação e prisão de ventre. Apesar disso, essa substância é quebrada com calor, por isso é recomendado o cozimento do vegetal antes da sua ingestão.Também chamada popularmente de cocoyam, macabo, mangala, mangará, mangará-mirim, mangareto, mangarito, taioba mansa, taiova, taiá ou yautia, a taioba é uma hortaliça originária da América tropical.
Todas suas partes são comestíveis, incluindo os órgãos subterrâneos, conhecidos como cormos e cormilhos, que lembram o inhame e os talos de taioba. Entretanto, ela deve ser consumida apenas após o aquecimento.
Algumas populações no mundo têm a “batata” da planta como um dos principais ingredientes de consumo da dieta. A folha de taioba é rica em fibras, o que a torna uma aliada da saúde intestinal.
A folha de taioba possui mais vitamina A do que a cenoura. A vitamina A faz bem para a saúde dos olhos e é importante para o crescimento. Além do desenvolvimento e função imunológica do organismo.
Em um estudo, ratos com deficiência em vitamina A apresentaram redução no estresse oxidativo (causado pela deficiência de vitamina A). Isso após consumirem folhas e beldroegas.
A folha de taioba é rica em cálcio, fósforo, ferro, proteínas, vitamina A, vitaminas B1, B2 e vitamina C. Não é à toa que este vegetal está entre as seis culturas de raízes e tubérculos mais importantes do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
A taioba alimenta mais de 400 milhões de pessoas no mundo, sendo muito consumida na África Ocidental, Oceania e Ásia, segundo estudo. De acordo com outro estudo, a planta é uma boa fonte de energia, proteínas e vitaminas.
Em algumas partes do mundo, a taioba é indicada como remédio contra picadas de tarântula, escorpião e cobra. Mas são necessários estudos para comprovar sua eficácia e formas de uso para essa finalidade.
Devido à largura de suas folhas, a taioba é uma planta utilizada como cobertura para mudas de cacau, uma importante cultura para a economia do Gana, o que levou à sua disseminação gradual pelo cinturão florestal do país. A planta é o terceiro tubérculo mais cultivado no país africano, depois da mandioca e do inhame.
Apesar de ser conhecida em algumas culturas, a taioba é pouco utilizada mundialmente. Mas ela possui muitos usos potenciais. A parte do “inhame”, por exemplo, pode ser utilizada para fazer cervejas, farinhas, chips e espessantes.
Não consuma nenhum vegetal que você não tem certeza de sua identificação. A planta possui similar venenosa, a taioba-brava, pertencente à espécie Colocasia antiquorum Schott.
De acordo com o especialista em Pancs Guilherme Ranieiri, a taioba comestível deve ter formato de coração, ter talos e folhas totalmente verdes, ter uma linha que circunda toda a folha. Também deve possuir muita rugosidade, não ser trepadeira, não possuir flores e ter o talo que surge do encontro entre as duas orelhas da folha, e não do meio da folha. Ainda assim, não consuma se não tiver certeza da espécie.
Uma desvantagem para o uso alimentar de taioba é a presença de antinutrientes, predominantemente, oxalatos em todas as partes da planta. Sua presença interfere na biodisponibilidade de outros nutrientes e pode ser prejudicial à saúde humana quando consumida em excesso.
A taioba pode ser consumida apenas após o seu cozimento. Nenhuma parte da planta deve ser ingerida crua devido à presença de oxalato de cálcio. Métodos tradicionais de cozimento envolvem ferver, assar ou fritar as partes da planta.
Você pode fazer a folha da planta preparada da mesma forma que uma couve. Ou, ainda utilizar outras partes da planta para fazer farinhas, purê e utilizar como ingrediente de sopas e molhos
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