A talassofobia é o medo do mar. Como qualquer outra fobia, é um transtorno de ansiedade, e difere da aquafobia, que é o medo da própria água. A talassofobia pode se concentrar em corpos d’água que parecem vastos, escuros, profundos e perigosos.
Neste caso, o medo pode se referir à vastidão do oceano, das criaturas marinhas ou do próprio fundo do mar. Para os talassofóbicos, simples férias na praia podem se tornar um pesadelo, e o mar é assustador.
O termo talassofobia vem do grego thalassa (“mar”) e phobos (“medo”). A doença é considerada um tipo de fobia específica de ambiente natural. O medo do ambiente natural tende a ser um dos tipos de fobias mais frequentes. Alguns estudos sugerem que as fobias relacionadas à água tendem a ser mais comuns entre as mulheres.
Fobias, no geral, são muito comuns. No entanto, não há estimativas de quantas pessoas, especificamente, convivem com a talassofobia no mundo. A talassofobia não é reconhecida como um transtorno distinto pelo DSM-5, o manual de diagnóstico de transtornos mentais. Porém os seus sintomas podem se enquadrar nos critérios diagnósticos para fobias específicas.
Muitas coisas, desde ver uma foto até imaginar-se no mar, podem se tornar gatilhos para crises de ansiedade ou pânico. Alguns deles podem incluir:
A evolução e a genética podem desempenhar um papel no desenvolvimento da talassofobia. Nossos ancestrais, que eram mais cautelosos e temerosos de corpos d’água profundos, provavelmente sobreviveriam e transmitiriam esses genes terríveis para seus descendentes.
A fobia também pode ser parcialmente aprendida a partir de experiências anteriores com grandes porções de água. O medo de alguma coisa durante a natação, por exemplo, também pode ser uma possível causa da talassofobia.
Observar outras pessoas que sofrem com a fobia, particularmente figuras parentais e outros adultos influentes, também pode ser um fator contribuinte. Existem também vários fatores de risco que podem aumentar a probabilidade de uma pessoa desenvolver uma fobia específica, como a talassofobia. Alguns deles incluem:
Uma pessoa com talassofobia experimenta sentimentos de medo e ansiedade em relação ao mar. Além disso, também evitam animais que remetem ao oceano ou a outra grande massa de água, sem motivo aparente. O medo pode aparecer em diversas situações, ao visitar praias, velejar ou simplesmente estar perto do oceano.
Em casos graves, os sintomas podem ser desencadeados por imagens e até mesmo pensamentos sobre o oceano ou outras massas de água profundas. A ansiedade provocada pela talassofobia causa a resposta natural do corpo de “lutar, fugir ou paralisar” diante do perigo. Essa reação produz sintomas físicos, como suor, respiração acelerada ou falta de ar e frequência cardíaca elevada.
Uma resposta fóbica é mais do que apenas sentir-se nervoso ou ansioso. Imagine como você se sentiu da última vez que se deparou com algo muito perigoso.
Você provavelmente experimentou um início imediato e intenso da resposta de lutar ou fugir. A sensação é uma série de reações que preparam seu corpo para ficar e lidar com a ameaça ou fugir do perigo. Uma pessoa com talassofobia experimentará a mesma reação, mesmo que a resposta seja desproporcional ao perigo real, e pode ser definida como preocupação excessiva, sofrimento ou inquietude.
Além dos sintomas físicos, talassofóbicos fazem de tudo para evitar estar perto ou ter que olhar para grandes massas de água. Eles podem apresentar ansiedade antecipada quando sabem que encontrarão o objeto de seu medo. Assim, sentindo-se extremamente nervosos antes de embarcar em uma balsa ou até mesmo sobrevoando o mar em um avião.
Em casos mais graves, essa resposta se transforma em um ataque de pânico. Ou seja, a pessoa pode apresentar sintomas como:
Durante um ataque de pânico, o indivíduo pode sentir que vai desmaiar, que está perdendo os sentidos e que pode morrer. No entanto, embora possam parecer muito graves, os ataques de pânico não são essencialmente perigosos.
Se você apresenta mais de três dos sintomas abaixo, é provável que você sofra de talassofobia:
Se você suspeita que sofre de talassofobia, existem algumas coisas que você pode fazer. Um teste on-line informal, por exemplo, pode dar uma indicação de que você tem esse tipo de fobia específica. Entre os testes caseiros, podem estar envolvidos a observação de imagens potencialmente desencadeadoras ou a realização de um questionário para determinar a extensão e a gravidade dos seus sintomas.
Para um diagnóstico mais preciso, você precisará consultar um profissional de saúde, como médico, psiquiatra ou psicólogo. Embora não haja nenhum teste ou avaliação formal para diagnosticar essa fobia, o profissional provavelmente avaliará seus sintomas e investigará todos os possíveis fatores subjacentes. Depois que seu médico entender seu histórico médico e de sintomas, você poderá ser formalmente diagnosticado com talassofobia.
Não existem muitas pesquisas disponíveis sobre o tratamento da talassofobia. Porém, presume-se que as pessoas experimentariam resultados de tratamento semelhantes aos de outras fobias. A pesquisa sugere que os tratamentos de terapia cognitiva comportamental, particularmente os baseados em exposição, tendem a ser bastante eficazes na redução dos sintomas de fobias específicas. Se você se identificou com os sintomas de talassofobia ou acredita que possui outro tipo de fobia, procure ajuda.
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