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Tanino está presente em alimentos e bebidas, como vinho e chá, e proporciona benefícios à saúde

Afinal, o que é “tanino”? Se você tem o hábito de degustar um bom vinho, certamente já ouviu essa palavra em algum lugar. Encontrado principalmente em cascas de sementes, o tanino é um polifenol que ocorre naturalmente em plantas, madeira, folhas e cascas de frutas. Polifenóis são compostos naturais feitos de fenóis: ligações complexas de moléculas de oxigênio e hidrogênio.

Os taninos estão presentes sobretudo na parte externa das plantas e funcionam como mecanismo de defesa contra predadores e pragas, inibindo a ação de insetos. Podem ser encontrados em diversos alimentos e bebidas, principalmente chás e vinhos.

Nos vinhos, o tanino pode influenciar o amargor, a sensação de adstringência e a complexidade da bebida. As quantidades de taninos são maiores nas variedades de vinho tinto, mas alguns vinhos brancos também podem apresentá-los, em razão do envelhecimento em barricas de carvalho e da fermentação em películas.

Características dos taninos

A casca da uva e muitas outras plantas, frutas e sementes também são ricas em taninos, inclusive as folhas utilizadas para preparar o chá preto. Ricos em propriedades antioxidantes, são excelentes para a saúde, protegendo o organismo da ação dos radicais livres. Eles reforçam as paredes arteriais, prevenindo o entupimento das veias, além de reduzir o colesterol ruim e prevenir o envelhecimento precoce.

Os taninos são encontrados naturalmente em uma variedade de plantas comestíveis e não comestíveis, incluindo cascas de árvores, folhas, especiarias, nozes, sementes, frutas e legumes. Além disso, também contribuem com cor e um sabor amargo para os alimentos vegetais.

As fontes mais ricas de taninos são vinho, chá e café, mas também é possível encontrá-los em outros alimentos, como:

Taninos nos chás

Os níveis de tanino variam nos diferentes tipos de chá. Os quatro principais tipos de chá são branco, preto, verde e oolong, todos feitos das folhas de uma planta chamada Camellia sinensis.

Todos os tipos contêm taninos, mas a concentração é fortemente afetada pela maneira como é produzido e por quanto tempo fica macerado quando você o prepara.

Algumas fontes dizem que o chá preto tem a concentração de tanino mais alta, enquanto o chá verde costuma ser considerado o mais baixo.

Algumas pesquisas sugerem que certos taninos do chá possuem características semelhantes às de outros polifenóis, ajudando a prevenir doenças ao fornecer benefícios antioxidantes e antimicrobianos.

Um dos principais taninos encontrados no chá verde é conhecido como epigalocatequina-galato. Essa substância pertence a um grupo de compostos conhecidos como catequinas. Acredita-se que a presença de catequinas no chá verde seja uma das razões por trás dos muitos benefícios para a saúde associados à bebida.

Efeitos benéficos à saúde

Estudos feitos com animais e tubos de ensaio sugerem que ela pode desempenhar um papel na redução da inflamação e na proteção contra danos celulares e certas doenças crônicas, como doenças cardíacas e câncer, mas mais pesquisas são necessárias para entender melhor a ação da epigalocatequina-galato na saúde humana.

O chá também oferece um suprimento abundante de dois grupos de taninos chamados teaflavina e tearubiginas. Particularmente, o chá preto contém níveis bastante altos dessas substâncias, que são responsáveis pela cor escura. Algumas pesquisas indicam que elas funcionam como antioxidantes potentes e podem oferecer proteção contra danos celulares causados ​​por radicais livres.

O chá ainda contém altos níveis de um tanino chamado elagitanino, que pode promover o crescimento e a atividade de bactérias intestinais benéficas, além de ter um potencial efeito no tratamento e na prevenção do câncer, graças à sua ação antioxidante e anti-inflamatória poderosa. No entanto, mais estudos também são necessários nesta área, a fim de comprovar os benefícios dos taninos na saúde.

Os taninos nos vinhos

O próprio processo de fabricação do vinho tinto faz com que todos contenham a substância em algum grau. Se a bebida apresentar coloração vermelha, pode ter certeza de que há taninos ali!

Nos vinhos, os taninos podem ser encontrados em maior ou menor quantidade. As variedades Cabernet Sauvignon, Tannat, Tempranillo, Nebbiolo e Sirah são os mais ricos em taninos. Já os vinhos Grenache, Pinot Noir, Zinfandel e Barbera costumam ter menor prevalência do composto.

O vinho branco também tem taninos. No entanto, como a maior parte desses vinhos é imediatamente prensada em vez de macerada, a quantidade da substância costuma ser muito baixa, quase insignificante.

Quando se trata de encontrar os melhores vinhos, a maioria dos especialistas dirá que a chave está no equilíbrio entre os componentes. O tanino (que também ajuda a dar estrutura ao vinho) é uma dessas qualidades principais, junto com a acidez, o álcool e a fruta.

Na verdade, os taninos ajudam os vinhos a envelhecer bem. Com o tempo, esses taninos grandes e amargos se polimerizam, criando longas cadeias entre si, fazendo com que pareçam mais suaves e menos ásperos.

Taninos podem ajudar a inibir o vírus da Covid-19?

Um estudo conduzido em 2021 por cientistas de Taiwan, na China, descobriu que os taninos são capazes de inibir as duas enzimas-chave do vírus que causa a Covid-19. Graças às suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, eles poderiam, segundo os pesquisadores, prevenir a infecção e controlar o crescimento de vírus.

A equipe acredita que, no futuro, a substância possa servir como um componente importante no desenvolvimento de tratamentos farmacêuticos. Além disso, os taninos auxiliam no aumento da imunidade, podendo ajudar a combater o vírus. No entanto, mais pesquisas devem ser feitas para apoiar as evidências iniciais.


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