Entenda mais sobre a tecnologia e seus impactos ambientais
Por definição, a tecnologia é a aplicação de conhecimento científico com o objetivo de garantir a praticidade e a mudança e manipulação do ambiente humano. Ou seja, são componentes projetados para aumentar as capacidades das pessoas e expandir as possibilidades humanas.
O uso do termo “tecnologia” na linguagem popular é constantemente entrelaçado com fatores eletrônicos. No entanto, essa não é a única definição da palavra. Enquanto celulares, computadores e até a luz elétrica fazem parte do abrangente mundo da tecnologia, eles não são a única aplicação em que o termo pode ser empregado.
Em geral, especialistas defendem que a história da tecnologia teve seu início dentro da invenção das ferramentas e técnicas usadas para facilitar o trabalho e a vida humanas. Desse modo, ela não é excludente de componentes que carecem de aspectos eletrônicos em sua definição.
A primeira tecnologia
Se desprendendo ainda mais do conceito de que a tecnologia é unicamente usada para a definição de artigos eletrônicos, acredita-se que os primeiros dispositivos tecnológicos inventados tenham sido as ferramentas de pedras, criadas mais de um milhão de anos atrás.
De acordo com o Museu Britânico, que abriga algumas dessas peças, as ferramentas foram criadas a partir de pedras de seixo que foram moldadas com ajudas de outras pedras para criar pontas afiadas. O propósito dessas tecnologias pode variar entre cortar galhos de árvores, cortar carne de animais grandes ou esmagar ossos para obter a gordura da medula – uma parte essencial da dieta humana primitiva. (1)
Impacto das tecnologias no meio ambiente
Na Revolução Industrial, o desenvolvimento em massa de componentes tecnológicos foi potencializado pelas mudanças estruturais de linhas de produção. E, embora os avanços tenham possibilitado diversas novas tecnologias necessárias para o mundo mais atual, essa industrialização também foi responsável por diversos impactos ambientais.
Contrário ao uso de tecnologias antigas, desde então as inovações tecnológicas contribuem para a degradação do meio ambiente através da poluição e do constante uso de recursos naturais.
O desenvolvimento de indústrias, veículos, combustíveis fósseis, fábricas e até mesmo da agricultura são grandes agentes dentro dos efeitos da tecnologia no meio ambiente.
A poluição do ar não só causa impactos imediatos, como também contribui para a agravação de fenômenos como o aquecimento global ou das mudanças climáticas em geral. Já a poluição da água e do solo são responsáveis pela degradação de diversos ecossistemas e pela perda ambiental ao redor do mundo todo.
Por outro lado, o esgotamento dos recursos naturais pode resultar em diversos outros impactos, incluindo esgotamento de aquíferos, desmatamento, mineração de combustíveis fósseis e minerais, contaminação de recursos e erosão do solo. Esses, são resultantes de processos tecnológicos como agricultura, mineração, uso de água e consumo de combustíveis fósseis.
Ecomodernismo
Embora a tecnologia e o seu avanço apontem, muitas vezes, para o colapso ambiental, muitas pessoas acreditam que ela pode ser o salvamento do meio ambiente.
No Manifesto Ecomodernista, 18 ativistas ecomodernistas inspirados na nova época proposta por Eugene Stroermer, o período Antropoceno, defenderam a ideia de que já não há mais a possibilidade da natureza se manter preservada do ser humano, uma vez que a pegada ecológica humana já atinge o planeta em todos os níveis. Muita gente concorda nesse ponto.
No ideal ecomodernista, intensificar a urbanização, a agricultura, o uso da energia nuclear, da aquacultura, da dessalinização e do desenvolvimento de organismos geneticamente modificados (OGM) seria a saída ideal para evitar um colapso ecológico e econômico e acabar com a pobreza. Isso porque, de acordo com o ecomodernismo, essas atividades intensivas ocupam menos espaços de terra, fazendo com que sobrem locais para outras espécies, além de emitirem menos carbono, possibilitando a estabilização do clima.
De acordo com o ecomodernismo, a vida rural ou suburbanizada da agricultura de subsistência e de muitas formas de energia renovável, apesar de agredir menos o ambiente, exige mais terra e mais recursos, não deixando espaço de terra para a natureza, levando mais rapidamente ao colapso ambiental pelas emissões de carbono.
Por outro lado, ambientalistas e outros especialistas acreditam no oposto — trabalhar com a natureza é o único modo de garantir a salvação contra os impactos ambientais da tecnologia e de outros fatores da vida humana.