“Motores-rodas” sustentáveis impulsionam ciclistas nas subidas sem emissão de poluentes
Andar de bicicleta é um ótimo exercício, mas e quando aquela enorme subida aparece? Para resolver esse problema sem apelar para a fumaça do motor, cientistas do Senseable City Laboratory, pertencente ao Massachussetts Institute of Technology (MIT) desenvolveram uma roda elétrica feita para se acoplar a uma bike comum. A novidade ganhou destaque na última COP15, em dezembro de 2009, e foi batizada como “Copenhagen wheel” ou “roda de Copenhague”.
Munido com o equipamento, o ciclista poderá poupar esforços quando o problema das subidas precisar ser encarado, pois a roda tem um motor que capta a energia liberada nas freadas, utilizando-a para aliviar o trabalho das pernas humanas. É uma boa alternativa para quem quer usar a bicicleta não apenas como lazer, mas como meio de transporte.
O produto é compatível com novas tecnologias. Freios regenerativos (que captam energia), o serviço General Packet Radio Service (GPRS), uma espécie GPS que provê uma conexão wireless, baterias e um motor estão presentes na novidade. Se você tiver um Smart Phone, a bicicleta informará os níveis de ruído, qualidade do ar e outros dados por meio de uma conexão bluetooth. Também será possível se linkar a outros ciclistas para saber quais as rotas com menos trânsito.
A roda tecnológica marca o número de milhas verdes que você já percorreu. É como se fosse um cálculo de quanto a pessoa deixou de poluir usando a bicicleta.
Enquanto a roda não chega…
Ainda não há previsão de preço e nem quando essa tecnologia estará disponível em todo o mundo. Enquanto isso, as bikes elétricas nem tão desenvolvidas já fazem parte da vida dos ciclistas verdes.
Em hipermercados brasileiros, o custo de uma bicicleta elétrica varia entre R$ 2,2 mil e R$ 2,8 mil. Os cabos e a grande bateria que a roda de Copenhague sintetizou, ainda estão presentes nos modelos disponíveis no Brasil. A bateria precisa ser carregada na tomada e, dependendo do tipo, tem uma autonomia de 40 a 70 km. Assim, como a inovação do MIT, essas “magrelas” podem chegar a 25 km/h.
Criadas para serem diversão para classes altas, as bikes elétricas se tornam veículos para as camadas média e baixa da população, pelo menos no exterior. No Brasil, a seguradora Porto Seguro utiliza a alternativa ambiental para socorrer seus clientes e economizar.
Não se sabe se a “Roda de Copenhague” ou a bike elétrica vão virar moda no Brasil. No entanto, as perspectivas nunca foram tão positivas.