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O uso de geradores otimizados e baterias de íon de lítio pode reduzir em mais de 15% as emissões de poluentes por navios de suporte a plataformas petrolíferas (PSVs)

O uso de geradores otimizados e baterias de íon de lítio pode reduzir em mais de 15% as emissões de poluentes por navios de suporte a plataformas petrolíferas (PSVs). Essas embarcações, fundamentais para o setor de óleo e gás, transportam suprimentos dos portos até as plataformas. Um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), da Escola Politécnica da USP, apresentou soluções viáveis para mitigar a poluição nesse segmento da indústria naval, sem exigir grandes investimentos.

A pesquisa utilizou modelos matemáticos para simular o funcionamento do trem de potência, que inclui o motor e peças que transferem a força gerada para os eixos e hélices dos navios. Esses modelos não apenas otimizaram o uso de geradores a diesel, como também gerenciaram o uso de baterias, permitindo uma queima mais eficiente de combustível e, consequentemente, uma redução expressiva nas emissões.

Os PSVs, que operam com um sistema diesel-elétrico, geram energia elétrica por meio da combustão de diesel, o que movimenta o navio. Embora eficientes, esses sistemas ainda geram poluentes em grandes volumes. O estudo, validado por dados de viagens reais de navios, indicou que, com a otimização dos geradores, as emissões de dióxido de carbono (CO2) caíram entre 16% e 26%, enquanto os materiais particulados, uma mistura de poluentes sólidos e líquidos, apresentaram uma redução de até 65%.

Contudo, o aumento nas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em até 20% em alguns testes trouxe um alerta. A elevação da temperatura de combustão, necessária para otimizar os geradores, favoreceu a formação desse poluente. Para mitigar esse problema, os pesquisadores sugerem o uso de catalisadores, uma tecnologia já aplicada com sucesso na indústria automotiva.

Os resultados reforçam que as soluções propostas podem ser aplicadas de maneira prática e econômica. Empresas do setor naval já estão comercializando sistemas e baterias voltados para essa adequação. O maior obstáculo seria a interrupção temporária das operações dos navios para as adaptações necessárias e a realização de testes de segurança, um fator que a indústria tradicionalmente reluta em implementar.

O estudo foi publicado na revista Applied Energy e destaca a necessidade urgente de modernizar o setor naval, sem comprometer sua eficiência operacional. Em um cenário de crescente pressão para reduzir emissões, a adoção de tecnologias que promovam um uso mais consciente dos recursos energéticos se torna cada vez mais indispensável.


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