O telômero é uma estrutura presente nas extremidades dos cromossomos, que tem o papel de determinar o tempo de vida das células e garantir a sua estabilidade. Os telômeros são formados por uma sequência TTAGGG em seres humanos.
Além disso, eles têm influência no processo de envelhecimento do organismo e podem contribuir para a identificação de doenças carcinogênicas. Entretanto, estudos indicam que o desgaste dos telômeros também pode ser um fator para o desenvolvimento de tais doenças.
Os telômeros são sequências estruturais do DNA e RNA formadas por nucleotídeos e presentes na extremidade dos cromossomos. Eles são responsáveis pelo tempo de vida da célula e a sua estabilidade. Quanto mais curto o telômero, menor o tempo de vida da célula.
Essa estrutura genética é encontrada nas células de animais, plantas e fungos, e são formadas por uma sequência de nucleotídeos. Os nucleotídeos são moléculas que constituem o material genético. Eles são compostos por açúcar, fosfato e bases nitrogenadas (compostos à base de nitrogênio).
Nos seres humanos, os telômeros são formados por uma sequência de seis nucleotídeos no DNA. As bases nitrogenadas que compõem esses nucleotídeos são a timina (T), adenina (A) e guanina (G). A sequência de bases nitrogenadas em humanos é TTAGGG.
Os telômeros têm grande relação com o processo de envelhecimento de um organismo. De acordo com um estudo, o envelhecimento das células acontece de acordo com a sua divisão. A cada divisão celular, os telômeros são encurtados, até o ponto em que a célula atinge um limite, interrompendo o seu crescimento e novas divisões.
No processo de divisão celular, os telômeros são auxiliados pela ação de uma enzima, a telomerase. Essa enzima é responsável pela regeneração dos telômeros após a divisão cromossômica, possibilitando um maior tempo de duração deles.
A telomerase foi descoberta por Elizabeth Blackburn e Carol Greider, em 1984. Em 2009, as cientistas ganharam o prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina. De acordo com os seus estudos, Elizabeth e Carol concluíram que os telômeros são responsáveis por proteger os cromossomos e determinar o tempo de vida das células.
Entenda mais sobre o tema no vídeo:
Com a telomerase, o DNA é duplicado sem que haja o encurtamento do telômero. Entretanto, a ação dessa enzima é finita, e conforme as divisões celulares ocorrem, ela perde a sua capacidade de regeneração ao longo do tempo, provocando o desgaste dos telômeros.
Esse desgaste provoca o encurtamento dos telômeros, levando ao envelhecimento das células e do próprio organismo que elas compõem. De acordo com estudos, alguns fatores podem influenciar no tempo de envelhecimento a partir do encurtamento dos telômeros.
Uma vida saudável, com pouco estresse e uma alimentação adequada, pode impactar positivamente a longevidade e a qualidade de vida. Um organismo com altos níveis de estresse pode levar ao desgaste acelerado dos telômeros.
Alguns estudos indicam que os telômeros ainda podem ter relação com doenças, como o câncer. No caso do câncer, o estudo em questão apontou que os telômeros presentes em células cancerígenas eram curtos, mesmo com a presença da telomerase.
Dessa forma, essa condição pode auxiliar no diagnóstico de doenças carcinogênicas e contribuir para que o paciente receba o tratamento adequado. Apesar disso, outro estudo apontou que o desgaste dos telômeros e a interrupção da divisão celular pode ser um fator para o desenvolvimento das doenças carcinogênicas.
Após a interrupção da divisão celular, provocada pelo desgaste completo dos telômeros, as células sofrem uma última divisão. O resultado são as células chamadas “senescentes”, que podem apresentar um código genético com defeitos.
Assim, conforme mais células senescentes se tornam presentes no organismo, maior a chance do desenvolvimento de doenças. Por isso, pessoas idosas têm maiores chances de desenvolverem doenças carcinogênicas.
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