As lâmpadas fluorescentes compactas ficaram populares devido ao menor gasto de energia (são quatro vezes mais eficientes em relação às incandescentes) e ao maior tempo de vida útil. O problema é que o mercúrio, um metal pesado nocivo ao meio ambiente e à saúde humana, é um dos principais materiais utilizados para a fabricação desse tipo de lâmpada. No entanto, de acordo com uma das maiores marcas do mercado brasileiro, há forte tendência a cada vez mais reduzir a quantidade do material nos produtos.
Apesar de ter suas vantagens, principalmente com relação ao modelos incandescentes (que deixarão de ser fabricados a partir de 2016), o mercúrio utilizado em seu interior pode causar problemas neurológicos e até hidragismo (intoxicação que causa tosse, dispnéia, dores no peito e outros problemas mais graves) se for inalado.Além disso o mercúrio é liberado no meio-ambiente ao longo de duas semanas após seu descarte. Apenas nos EUA, são liberadas na natureza entre duas e quatro toneladas de mercúrio anualmente.
Para saber o que fazer quando uma lâmpada desse tipo se quebrar, clique aqui.
Tendência à redução
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece que o valor máximo de mercúrio que pode estar concentrado em uma unidade é de 100 miligramas por quilo do resíduo. Nas fluorescentes compactas, isso significa um índice que beira os 0,5 mg por unidade.
“Hoje todas as lâmpadas fluorescentes produzidas no mundo ainda requerem a utilização do mercúrio, mas gradativamente as quantidades utilizadas na produção vem sendo reduzidas, alem disso a eficiência dos produtos também vem aumentando”, afirma o engenheiro da fábrica de lâmpadas fluorescentes FLC, Artur Grellet.
“A redução de substâncias nos produtos é continua e não só do mercúrio, mas também de todo o tipo de material que possa contribuir para a melhoria do nosso meio de vida, alem da maximização da eficiência, tornando os produtos cada vez mais sustentáveis”, complementa o engenheiro.
Apesar de se preocupar-se com a tendência à redução dos metais pesados em seus produtos, a marca ainda não investe nas lâmpadas LED, recicláveis e que, em conjunto com as fluorescentes, substituirão as incandescentes até 2016.
Outras duas grandes fabricantes foram contatadas pela equipe eCycle, mas se recusaram a falar sobre o tema.
Descarte
Para descartar corretamente esse tipo de produto, é preciso encontrar postos especializados. Nisso, a eCycle te ajuda. Procure-os na seção Postos de Reciclagem.
Veja também:
–Fluorescentes: dos benefícios aos perigos
–Adeus, incandescente!
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