Destruição de satélite da era soviética é ameaça para astronautas na Estação Espacial Internacional
No dia 15 de novembro, a Rússia iniciou um teste antissatélites que espalhou 1500 peças de lixo espacial pela órbita terrestre. O alvo do teste era o satélite de reconhecimento militar Kosmos-1408 do próprio país.
A destruição do satélite foi a que criou mais lixo espacial desde 2007, quando a China lançou seu próprio míssil para acabar com um satélite resultando em 2300 pedaços de destroços. Além da Rússia e da China, a Índia e os Estados Unidos já realizaram testes antissatélites no espaço.
Além disso, os destroços em órbita terrestre foram um empecilho para as atividades na Estação Espacial Internacional. Os astronautas dos Estados Unidos, China e Rússia tiveram que entrar nas espaçonaves por duas horas até que fosse seguro voltar às suas atividades. O porta-voz do departamento de Estado dos Estados Unidos descreveu a ação da Rússia como “perigosa e irresponsável”.
De acordo com a NASA, atualmente há por volta de 23 mil pedaços de lixo espacial viajando pela órbita terrestre.
Em que isso pode resultar?
Os resultados da missão russa terão um impacto enorme no espaço. Os destroços do Kosmo-1408 permanecerão em órbita por anos, podendo comprometer futuras viagens espaciais. Além disso, pode colocar a vida de astronautas que trabalham na Estação Espacial Internacional em perigo ocasional.
De acordo com a empresa de rastreamento espacial LeoLabs, a fragmentação do satélite causa risco para a maioria dos satélites na órbita terrestre baixa. Os destroços viajam em diferentes velocidades por conta da variação de tamanho. É possível que esses fragmentos, independente do tamanho, destruam outros satélites orbitantes apenas pela velocidade em que viajam.