Plantas dentro de estufas mostram a eficiência com que elas podem absorver gases nocivos à saúde
O escritor francês Albert Camus disse, certa vez, que cientistas são conhecidos por sempre tentarem provar que boas descobertas estão erradas. Foi exatamente isso que Dennis Decoteau, do Departamento de Horticultura da Universidade Estadual de Penn, tentou fazer. Ele tentou, mas não conseguiu.
O senso comum diz que as plantas cultivadas em casa podem melhorar a qualidade do ar que os moradores respiram. A capacidade de absorver gases prejudiciais à saúde, como o dióxido de carbono e o benzeno, faz das plantas muito mais que simples adornos no ambiente de uma casa.
Porém, o pesquisador resolveu questionar essa lógica e, para isso, escolheu três plantas que costumam estar em lares de todo mundo: planta de cobra, planta aranha e a jiboia.
Para testar se plantas cultivadas em casa poderiam realmente purificar o ar, ele as colocou em uma câmara dentro de uma estufa, liberando ozônio em quantidades dez vezes maiores que em um ambiente doméstico normal e controlando os níveis a cada momento, até que a quantidade inicial fosse reduzida em 3%. Enquanto isso, o mesmo processo era feito em outra câmara sem as plantas.
O resultado mostrou como as plantas purificam o ar e confirmou a efetividade das plantas, que reduziram o nível de ozônio nas estufas em apenas 50 minutos. Em contrapartida, as estufas sem plantas levaram 75 minutos para fazer o mesmo.
Decoteau especula que as plantas assimilam o ozônio pelos estômatos (pequenos poros usados para conversão de gases) e o diluem enquanto está dentro delas. Ele ainda enfatiza que pesquisas futuras podem indicar quantas plantas seriam necessárias para deixar um escritório com níveis de ozônio adequados, sem que o ambiente ficasse parecido com uma selva.
Bom, agora que a eficiência das plantas na purificação do ar em ambientes fechados está provada (pelo menos por enquanto), veja quais plantas funcionam como purificadoras de ar: