“The Double Pyramid”: método elenca alimentos que fazem bem à saúde e proporcionam menos impactos ambientais

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A “Double Food-Ambiental Pyramid” ou dupla pirâmide alimentar-ambiental foi concebida e lançada pelo Barilla Center for Food and Nutrition (BCFN), em 2010, uma fundação multidisciplinar, ligada à transnacional de alimentos Barilla. A BCNF afirma buscar entender as relações entre o alimento, o homem e meio ambiente. Os pesquisadores queriam combinar orientações nutricionais com as questões ambientais, como as emissões de gases de efeito estufa, o uso da água e pegadas ecológicas.

Você já parou para pensar no impacto provocado no meio ambiente pelo consumo de refeições ao longo do dia? A Double Pyramid foi criada para analisar os impactos ambientais resultantes da produção, distribuição e consumo de alimentos, sendo uma ferramenta que compara o aspecto nutricional dos alimentos com o seu impacto ambiental, com base no modelo de pirâmide alimentar. São duas pirâmides colocadas lado a lado:

Pirâmide alimentar

A pirâmide alimentar, que fica disposta como uma pirâmide regular (com a base maior na parte de baixo), tem frutas e legumes em sua base, como alimentos essenciais e mais saudáveis ​​para consumo, seguidos de grãos, laticínios, peixe, ovos e carne – que está no topo da pirâmide devido ao seu alto teor de gordura.

Pirâmide ambiental

A pirâmide ambiental foi disposta de cabeça para baixo. Os alimentos colocados no nível mais baixo têm menor impacto ambiental. Colocando as duas pirâmides lado a lado, a “pirâmide dupla” permite que as pessoas observem os alimentos mais aconselhados ao consumo ao mesmo tempo que percebem quais têm os menores impactos ambientais. O que a dupla pirâmide revela é que os alimentos mais indicados para o consumo com base em uma dieta balanceada também são os alimentos de menor impacto ambiental. A pirâmide ambiental mostra alimentos que exigem muito do meio ambiente no topo, como carne e queijo, devido aos altos impactos de produção, distribuição e consumo ao ambiente. Um pouco abaixo estão peixes, azeite de oliva, outros produtos lácteos e leguminosas. Já na parte de baixo (ponta da pirâmide) estão as frutas e legumes, menos prejudiciais ao meio ambiente.

O modelo de pirâmide utilizado pela Barilla, segue o método alimentar tradicionalmente adotado nos países mediterrâneos (particularmente em Itália, Espanha, Portugal, Grécia e sul da França), que é muito parecido com o modelo utilizado aqui no Brasil. Ele é caracterizado pelo seu equilíbrio nutricional e é, de fato, reconhecido por muitos cientistas de alimentos como um dos melhores para o que diz respeito ao bem-estar físico – como a prevenção de doenças crônicas, principalmente as doenças cardiovasculares.

Recentes pesquisas realizadas pela fundação (veja o estudo completo), que enriquecem dados científicos ano após ano para a validação da tese inicial, revelaram que negócio agro-alimentar é um dos setores de maior responsabilidade ​​pelas emissões de gases de efeito estufa e consumo de água. Nesse contexto, a consciência do fato de que os alimentos que os nutricionistas recomendam que devemos comer com mais freqüência também são aqueles que têm um menor impacto ambiental não é tão difundida.

O BCFN também fez uma representação da dupla pirâmide levando em conta as necessidades das crianças e adolescentes.

Para a construção da “Double Pyramid Kids” a mesma abordagem foi utilizada, levando em conta as necessidades nutricionais das crianças e adolescentes. Ao considerar as pessoas que ainda estão crescendo (até 20 anos de idade), certos alimentos assumem uma importância diferente. As diretrizes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) considerado uma referência, sugerem uma distribuição diferente de fontes de proteína – especialmente as da carne – sem afetar o modo de ler a dupla pirâmide: alimentos com o menor impacto ambiental também são os mais recomendados para o consumo.

O BCFN afirma que sua mensagem é a de que a alimentação representa o segundo fator mais importante da sustentabilidade global (seguida da indústria de energia), portanto, é uma prioridade para todos os envolvidos na cadeia de produção de alimentos a redução de impacto ambiental, uma vez que, quem não participa do encontro de uma solução, faz parte do problema.

Segundo a fundação, a análise dos impactos ambientais não se limita à fase de produção, mas segue o ciclo de vida dos alimentos. Essa análise é resumida por meio de três indicadores de síntese: a pegada ecológica, que mede a capacidade da Terra de regenerar os recursos naturais utilizados nos processos (medido em hectares ou m²), a pegada de carbono, que mede as emissões de gases de efeito estufa, responsáveis pelas mudanças climáticas (medido em massa de equivalente de CO2) e a pegada hídrica, que representa o consumo dos recursos hídricos (medido em volume-litros).

O BCFN criou uma ferramente que possibilita o cálculo de sua pegada ecológica, de acordo com suas refeições diárias. Ela dispõe um série de alimentos para você montar suas refeições. Automaticamente, a pegada ecológica será calculada de acordo com sua dieta diária.

Também é possível calcular o impacto ambiental de certos tipos de alimentos, medidos por meio da pegada ecológico, em m².

Equipe eCycle

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