Um time de pesquisadores da Universidade de Illinois Chicago (UIC) descobriu uma maneira de converter 100% do dióxido de carbono capturado da exaustão industrial em etileno. A pesquisa é uma resposta ao aumento na demanda global de energia derivada do consumo de combustíveis fósseis, que pede por alternativas renováveis.
A área dessa pesquisa é extensa. Por décadas, cientistas tentaram diversos métodos para concluir a conversão de carbono em etileno. Contudo, a pesquisa conduzida por Meenesh Singh na UIC foi a primeira a ter êxito, alcançando quase 100% de utilização do carbono capturado.
Métodos anteriores de conversão eram dependentes de reatores que produziam o etileno dentro do fluxo de emissão de CO2 da fonte, utilizando apenas 10% das emissões do gás. Após esse processo, o etileno e o carbono eram separados a partir de um processo com um uso de energia intenso, muitas vezes envolvendo combustíveis fósseis.
Já a conversão feita na UIC foi realizada a partir de um processo de eletrólise, que transforma o dióxido de carbono em um etileno quase puro com subprodutos de outros combustíveis à base de carbono e oxigênio. Desse modo, quase todo o carbono é reciclado, podendo converter seis toneladas do gás em uma tonelada de etileno.
Enquanto o processo é carregado a partir de energia elétrica, o uso de energias renováveis pode transformá-lo em carbono negativo.
Entretanto, o líder da pesquisa, Meenesh Singh, acredita que o processo já deve ser considerado carbono negativo, uma vez que uma tonelada métrica de etileno é o resultado da extração de seis toneladas métricas de CO2 que seriam liberadas na atmosfera.
Normalmente o etileno é feito a partir de um processo que requer enormes quantidades de calor, portanto, contribui para grande parte das emissões globais de CO2. Estima-se que as emissões resultantes da produção de etileno sejam equivalentes a 260 milhões de toneladas por ano.
Entre outros produtos químicos fabricados, a produção da substância está em terceiro lugar como maior emissora de CO2, perdendo apenas para a amônia e o cimento.
Além da conversão de CO2 em etileno, o mesmo processo também foi responsável por uma eficiência de conversão de energia solar alta, convertendo 10% da energia de painéis solares diretamente em produtos à base de carbono capturado. Para todo o etileno que produziram, a eficiência de conversão de energia solar ficou em torno de 4%, aproximadamente a mesma taxa da fotossíntese.
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