Os tipos de agricultura correspondem às inúmeras maneiras de produzir e cultivar alimentos. Eles variam de acordo com as características do ambiente escolhido para se realizar essa atividade, como:
Além disso, os modelos de agricultura também podem se classificar em sistemas agrícolas. Que se diferenciam pelo tamanho da área de cultivo e índice de extração, sendo intensivo ou extensivo.
A agricultura intensiva é a produção agrícola com grande quantidade de mão-de-obra. Além de investimentos para aumentar o rendimento da terra. Nela, é comum identificar o uso de máquinas pesadas, agrotóxicos e pesticidas. Com isso, sua produção agrícola desenvolve uma ampla produtividade e lucro.
Em contraste, temos a agricultura extensiva, caracterizada por técnicas tradicionais, como a rotação de culturas, e a ausência de tecnologias avançadas. Dessa forma, ela depende unicamente da fertilidade do próprio solo e manejo adequado. O que resulta, na maioria das vezes, em uma baixa produtividade.
A agricultura familiar é caracterizada pela produção agrícola desenvolvida por famílias. E, cujo rendimento é voltado para as suas próprias subsistências. Ela também é chamada de agricultura tradicional ou agricultura de subsistência.
Geralmente, essas famílias moram nas mesmas terras em que desenvolvem a atividade agrícola.
Nesse tipo de cultivo, não ocorre uso de fertilizantes e técnicas para adaptação do solo. De modo geral, os terrenos voltados para a agricultura de subsistência são pequenas propriedades rurais. Vale ressaltar que ela representa cerca de 80% da produção mundial de alimentos, sendo de extrema importância para a economia.
A agricultura moderna é caracterizada por desenvolver sua atividade agrícola através da monocultura produzida em larga escala e em grandes propriedades. Ela também é chamada de agricultura comercial ou agronegócio.
Além disso, ela utiliza técnicas modernas de cultivo, tais como:
A agricultura comercial faz o uso de tecnologias a favor da maior produtividade no campo e elimina grande parte do trabalho humano. O que, consequentemente, leva ao êxodo rural e urbanização.
Esse tipo de agricultura é responsável por abastecer o mercado interno e externo com alimentos e matérias primas. Porém, está no centro das discussões sobre os impactos que podem ser gerados pelo cultivo de monoculturas.
A AAO define a produção orgânica como um processo produtivo comprometido com a organicidade e sanidade da produção de alimentos vivos. Essa produção é feita para garantir a saúde dos seres humanos, utilizando tecnologias apropriadas à realidade do local de produção. O processo de produção orgânica não utiliza agrotóxicos e promove a restauração e manutenção da biodiversidade.
Além disso, a agricultura orgânica utiliza fertilizantes naturais, como:
A agricultura biodinâmica é um modelo de produção agrícola que não utiliza adubos químicos, herbicidas, sementes transgênicas, antibióticos ou hormônios. Por isso, é muito relacionada e confundida com a agricultura orgânica. O método, criado por Rudolf Steiner em 1924, é um ramo da antroposofia. Ele pretende entender de maneira mais profunda quais são as relações entre o ser humano, a terra e o cosmos.
A agricultura em si é uma atividade sempre impactante, em maior ou menor grau. Assim, Steiner propôs formas de restabelecer os equilíbrios rompidos por meio da utilização de preparados biodinâmicos. De maneira que as atividades agrícolas não comprometam todo o sistema.
Nesse modelo de agricultura a propriedade agrícola é vista como um organismo vivo. Este cuja saúde depende das interações entre os seus elementos dentro e fora da propriedade. Dessa maneira, a biodinâmica procura manter um ciclo de produção que seja condizente com a sua área, as espécies utilizadas e seus ciclos naturais.
O termo “agricultura regenerativa” foi cunhado pelo americano Robert Rodale. Rodale utilizou teorias de hierarquia ecológica para estudar os processos de regeneração nos sistemas agrícolas ao longo do tempo. É um conceito ligado à possibilidade de produzir recuperando os solos.
Sua proposta visa a regeneração e manutenção de todo o sistema de produção alimentar, incluindo as comunidades rurais e os consumidores. Essa regeneração da agricultura deve levar em conta, além dos aspectos econômicos, as questões ecológicas, éticas e de igualdade social.
O cuidado com o solo é um aspecto importante da agricultura regenerativa. Graças à suas práticas agrícolas, é possível recuperar solos empobrecidos e garantir o bom uso deles. Nesse contexto, sua produção é sustentável, valorizando os micro-organismos presentes no solo, já que eles são fundamentais para a manutenção da terra.
Por isso, um dos mecanismos desse tipo de agricultura é o desenvolvimento e a utilização de biofertilizantes preparados com uma matéria prima natural. Que são posteriormente disponibilizados para o agricultor. Esses biofertilizantes enriquecem o solo e beneficiam a cultura com micro-organismos.
Agricultura sintrópica é o termo designado a um sistema de cultivo agroflorestal baseado no conceito de sintropia. Ele é caracterizado pela organização, integração, equilíbrio e preservação de energia no ambiente. Essa vertente agrícola busca inspiração na dinâmica natural dos ecossistemas que não sofreram interferência humana para um manejo sustentável.
A ideia geral da agricultura sintrópica é acelerar o processo de sucessão natural utilizando duas técnicas:
Produtos químicos ou orgânicos que não sejam originários da própria área cultivada também não são utilizados na agricultura sintrópica. Os insetos e organismos vivos que povoam as áreas de cultivo são vistos como sinalizadores de deficiências no sistema. E, assim, ajudam o produtor a compreender as necessidades ou falhas daquele cultivo.
Agricultura biológica pode ser definida como um sistema de produção holístico. Seu objetivo é promover e melhorar a saúde do ecossistema agrícola. Essa abordagem é alcançada ao fomentar a biodiversidade, os ciclos biológicos e a atividade do solo.
Em vez de depender de fatores de produção externos, a agricultura biológica enfatiza o uso de boas práticas de gestão da exploração agrícola. Assim, adaptando-se às condições regionais.
Isto é conseguido, sempre que possível, através do uso de métodos culturais, biológicos e mecânicos em detrimento da utilização de materiais sintéticos, de acordo com Organização dos Alimentos e Agricultura das Nações Unidas.
O sistema de agricultura biológica busca otimizar a saúde e o bem-estar dos animais, culturas agrícolas e seres humanos. Desse modo, mantendo e melhorando o meio ambiente dentro e ao redor da exploração.
Para isso, essa prática de cultivo não utiliza fertilizantes, pesticidas e inseticidas sintéticos. E, também, aplica técnicas de produção que aumentam a fertilidade natural do solo e reduzem a incidência de pragas, doenças e infestantes nas plantações.
Permacultura é um método e uma filosofia de vida. Os princípios da permacultura afirmam que as necessidades humanas estão ligadas a soluções sustentáveis. Sempre levando em consideração o equilíbrio entre os ecossistemas e o respeito ao próximo.
Essa é uma metodologia de trabalho que, de acordo com os idealizadores, estimula o desenvolvimento sustentável aliado a um ambiente produtivo nas áreas rural e urbana. Trata-se de um sistema em que o habitante, a moradia e o meio ambiente estão integrados em um mesmo organismo vivo.
Diferente de todos os tipos de agricultura, a agricultura espacial corresponde a um modelo de cultivo feito numa estação espacial. Sua criação e avanço é relevante para viagens espaciais longas, que necessitam de mais alimentos.
Ainda são necessárias melhorias para superar algumas dificuldades impostas por um ambiente sem luz solar e atmosfera. Como a necessidade de água e nutrientes constantemente.
Por ser uma área extensa e diversa, o Brasil pratica diferentes tipos de agricultura. Isso deve-se também ao seu longo histórico com as práticas agrícolas, datando-se desde a época colonial. Nessa época, os portugueses começaram a produzir cana-de-açúcar para gerar lucro às capitanias hereditárias.
Os modelos mais importantes são a agricultura familiar e a agricultura comercial, que tomam protagonismo na produção agrícola brasileira. Porém, outros tipos estão se destacando ao longo dos anos, como a agricultura orgânica e a permacultura.
O Amazonas é o estado que carrega o maior e mais diverso bioma do Brasil: a Amazônia. Nesse contexto, a produção agrícola é diversa e rentável, tendo a agricultura familiar e comercial como principais modelos. Como exemplo de produtos cultivados nessa área, destacam-se:
É importante citar que a produção agrícola da região deve ser fiscalizada e monitorada devido à importância do bioma para o País. Este que está ameaçado constantemente pelo desmatamento exacerbado.
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