Segundo Arnaldo Lichtenstein, repor a vitamina D, simplesmente por repor, não tem grandes implicações médicas, pois o excesso ingerido é eliminado do corpo
Imagem de Caroline Hernandez no Unsplash
Neste momento de pandemia, muitas pessoas estão reclusas em suas casas e apartamentos. O que, por um lado é saudável e necessário, por outro, pode ocasionar a redução de vitamina D no organismo. Isto porque de 80% a 90% dessa reposição é obtida a partir da exposição solar, pois os raios ultravioleta ativam sua produção. O médico Arnaldo Lichtenstein, diretor técnico do Serviço de Clínica Geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, cita que “dez minutos diários de exposição ao sol são o suficiente para uma pessoa de pele clara, e não do corpo inteiro, só uma parte, como braços ou colo. Não se deve usar o protetor solar ou ter o bloqueio de uma janela de vidro.” Tomar sol no quarto, com a janela aberta ou em uma área aberta do condomínio, é o suficiente.
A localização geográfica da população também contribui para que as pessoas tenham mais ou menos oportunidades de ativar a produção da vitamina. Os brasileiros são privilegiados, uma vez que moram em um país tropical, onde há sol durante todo o ano, em maior ou menor intensidade. Lichtenstein explica que “o nível de vitamina D varia conforme a época do ano e onde você está. Quem mora em países da América do Norte ou da Europa do Norte, durante o inverno, não tem exposição solar”. Ele também explica que “repor a vitamina D, simplesmente por repor, não tem grandes implicações médicas. Não vale a pena e o excesso ingerido por complexos vitamínicos é eliminado do corpo”. Confira o áudio na íntegra.
Fonte: Jornal USP