A topiaria é uma técnica de jardinagem que utiliza as plantas para esculpir formas ou figuras conhecidas, por intermédio de podas de galhos. Com isso, diferentes animais e esculturas geométricas são manejadas nas plantas, podendo ser utilizadas armações no auxílio da técnica.
Vale ressaltar que ao realizar o manejo das plantas para esculpir a forma desejada, é necessário que todas as partes da planta receba luz solar. Caso o contrário é bem possível que o desenvolvimento da vegetação seja prejudicada. Além disso, não basta só dominar a técnica de corte da planta, também é preciso o conhecimento de cuidados gerais da planta e eliminação das suas pragas e doenças.
O filme Edward Mãos de Tesoura, protagonizado por Johnny Depp, traz um personagem que em sua criação teve as mãos trocadas por tesouras. Essa peculiaridade acabou o isolando das outras pessoas, fazendo com que vivesse em uma casa no topo de uma montanha.
Com o decorrer do filme, Edward acaba usando essa característica única como forma de adquirir certa admiração e atenção, já que ele usa as mãos de tesoura para diversas tarefas, como cortar os jardins em formatos geométricos ou de animais.
Na realidade, essa técnica de jardinagem é muito empregada para enfeites de jardim. Mas ela precisa de muito cuidado para que não prejudique o desenvolvimento da planta. Aprenda o que é a técnica de topiaria, como surgiu e as melhores plantas para utilizar:
Existem duas técnicas mais comuns na prática de topiaria. A primeira delas é a topiaria stuffed, onde são utilizados resistentes suportes cobertos por trepadeiras. Essas ferramentas são utilizadas para permitir a escultura de plantas em regiões com limitado acesso ao Sol. Mas é importante lembrar , que é necessário nutrir a vegetação durante todo processo de topiaria, podendo utilizar de esfagno e fibra de coco para isso.
A segunda técnica é a topiaria de podas. Nessa técnica, a planta é podada desde o início de sua vida. Nesse caso, é recomendado se utilizar da técnica o quanto antes, pois a planta vai ganhando uma maior resistência, à medida que vai se desenvolvendo. Com isso, no início, o jardineiro que realizará as podas deve primeiro se atentar com a forma que deseja obter, para depois focar em detalhar a escultura.
Independente das técnicas escolhidas, deve-se sempre realizar a remoção de galhos que já estão secos ou malformados para não prejudicar no desenvolvimento da planta.
Há registros dos primeiros jardins com topiaria desde 500 a.C., com os registros dos Jardins Suspensos da Babilônia. Com o passar do tempo, a topiaria foi uma prática presente em diversas civilizações, como a dos egípcios, gregos e romanos.
Contudo, apenas com a estabilidade e a melhora da condição de vida da humanidade, essa prática foi se tornando cada vez mais comum. Com isso, as topiarias começaram a ocupar espaços como os jardins do Palácio de Versalhes, perpetuando até os dias atuais, onde estão presentes em vários parques, como Walt Disney World, e em diversos eventos, como em casamentos.
No Brasil, é possível observar essa técnica em diversos jardins, como no Parque da Independência e no Museu do Ipiranga, em São Paulo, ou em Monte Sião, em Minas Gerais. Elas normalmente estão presentes em ambientes de influência europeia.
A topiaria também tem outras funções além da de decoração. Ela pode servir como uma cerca viva, utilizando espécies como Espinheiro, Faia e Bordo, associados com Ficus pumila. Outras espécies também realizam essa função, como Murta, Hibisco, Ixora são alguns dos exemplos.
Ela também não está só presente nos jardins. A topiaria está presente em diversos artesanatos e decorações de eventos. A Eva, por exemplo, é uma planta bastante presente nos casamentos, passando pelo processo de topiaria para uma melhora na decoração.
Por último, essa técnica está em sua grande maioria nos jardins, servindo principalmente para o paisagismo de um local. Ela requer muita paciência e tempo, e sabedoria, para manejar o corte e o cuidado da planta de forma correta.
Salienta-se que existem outras formas de decoração de seu jardim. O renomado paisagista Burle Marx utilizava diversas espécies de plantas nativas do Brasil para melhorar a paisagem do local em que trabalhava. Com isso, em vez de implementar as técnicas de topiarias bastante presentes nos jardins europeus, ele utilizava a flora com lindas folhagens, mais adequadas para valorizar tanto áreas externas, quanto internas.
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