Transtorno alimentar é o termo utilizado para categorizar condições psicológicas que afetam a alimentação e resultam em padrões alimentares pouco saudáveis. O desenvolvimento de cada um desses transtornos pode variar, mas comumente envolve a obsessão com a comida ou com a imagem corporal e peso de um indivíduo.
Qualquer pessoa pode desenvolver um transtorno alimentar e, em geral, acredita-se que 9% da população mundial sofra com algum tipo de condição. No entanto, ela é mais comum entre mulheres entre 12 e 35 anos.
Por envolver a alimentação, um dos pilares mais importantes da saúde humana, os transtornos alimentares podem ser extremamente perigosos para um indivíduo. De fato, informações de uma pesquisa realizada em 2011 comprovam que os transtornos alimentares estão entre as doenças mentais mais mortais, perdendo apenas para a overdose de opioides.
Porém, todos os tipos de transtorno alimentar podem ser tratados e possuem cura.
Não se sabe exatamente o que pode causar um transtorno alimentar. Contudo, especialistas possuem algumas teorias sobre o seu desenvolvimento.
De acordo com uma pesquisa de 2015, por exemplo, acredita-se que certos traços de personalidade podem resultar no desenvolvimento desses transtornos. Entre os traços mais comuns para o desenvolvimento das condições estão o perfeccionismo, impulsividade e neuroticismo.
Por outro lado, outros especialistas também acreditam que a genética pode ser uma das causas dos transtornos alimentares. Eles acreditam que ter um parente que apresenta sinais de uma das condições pode aumentar os riscos do desenvolvimento da mesma.
Como são categorizadas como transtornos psicológicos, os transtornos alimentares também podem ser o resultado de um desequilíbrio das químicas do cérebro, como a dopamina e a serotonina.
No entanto, uma das causas mais comuns é a pressão da sociedade e a imposição sobre padrões de corpos representados na mídia.
Existem diversos tipos de transtorno alimentar, cada um caracterizado por diferentes sintomas e padrões alimentícios.
A anorexia nervosa é o transtorno alimentar mais conhecido e pode ser diferenciada entre dois subtipos:
Ao todo, a anorexia nervosa é caracterizada pelo consumo de poucas calorias, resultando em uma perda dramática de peso, mas que também pode ser seguida do efeito rebote — em que a pessoa entra em um tipo de compulsão alimentar.
Ao longo do tempo, entretanto, os sintomas podem evoluir para sintomas físicos, que comprometem a saúde do indivíduo, como:
Pessoas com bulimia nervosa podem consumir apenas comidas “seguras” e de poucas calorias ou podem ter algum tipo de compulsão alimentar. Porém, ambos os casos são seguidos da indução do vômito, o que caracteriza esse tipo de transtorno alimentar.
Além disso, pessoas com bulimia também podem tentar se livrar das calorias através de outros métodos de purgação, como o consumo de laxantes e diuréticos.
Já os sintomas físicos após a evolução da bulimia nervosa são:
A compulsão alimentar é um tipo de transtorno alimentar caracterizado por episódios de consumo compulsivo de grandes quantidades de comida. Os episódios dessa condição são recorrentes e a quantidade de comida ingerida nesses momentos é maior do que o que pessoas saudáveis consumiriam. Eles também constituem a falta de controle e sentimentos de vergonha e culpa após a refeição.
A alotriofagia, também conhecida como síndroma de Pica, é uma condição da saúde mental caracterizada pelo desejo compulsivo de consumir itens sem valor nutricional e que não são considerados alimentos.
O próprio sintoma da alotriofagia é o consumo compulsivo de itens não alimentícios. Porém, ela pode resultar em outras condições que possuem seus próprios sintomas, como:
O Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo (TARE) é definido como um transtorno alimentar que envolve uma perturbação na alimentação, resultando na falha em atender às necessidades nutricionais. Além disso, também pode ser caracterizado por uma alimentação exigente, também conhecida popularmente como “paladar infantil”.
A condição é mais comum em crianças e pessoas com esse transtorno podem ter uma alimentação conturbada ou pela falta de interesse na comida ou por texturas, cores e temperaturas de certos alimentos.
A ruminação alimentar é caracterizada pela regurgitação de um alimento já ingerido. Pessoas com a condição geralmente passam pelo processo de regurgitação após 30 minutos do consumo do alimento, que pode ser mastigado e engolido novamente ou cuspido.
Embora seja mais comum em crianças de três a 12 meses, ela também pode ser desenvolvida em diversas fases da vida. Na infância ela é facilmente tratada e pode se curar sozinha, porém, em outras fases requer um tratamento profissional.
O diagnóstico da condição, por outro lado, é feito se o transtorno de ruminação:
Existem diversos outros tipos de transtornos alimentares. Porém, muitos deles não são reconhecidos pela DSM-5 (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders ou Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Esse é o caso da ortorexia, que embora reconhecida por profissionais, não é categorizada no manual.
Alguns outros transtornos alimentares são:
Todos os tipos de transtorno alimentar podem oferecer diversos riscos à saúde, comprometendo o indivíduo. Além dos sintomas de longa data categorizados nas condições retratadas acima, esses transtornos podem envolver complicações sérias, como:
Muitas pessoas que sofrem com transtornos alimentares são bons em esconder seus sintomas, o que dificulta o tratamento das condições. Porém, se você estiver preocupado com algum ente querido ou amigo, preste atenção para os seguintes sinais:
É importante notar, também, que pessoas com transtornos alimentares não possuem um padrão físico e podem apresentar diversos tipos de corpos.
Todo tipo de transtorno alimentar pode ser tratado e curado com o auxílio de profissionais da área de saúde. Seja com nutricionistas, clínicos gerais, psicólogos ou psiquiatras.
Os transtornos alimentares podem afetar seriamente a saúde física e mental de uma pessoa, e o tratamento imediato após o reconhecimento desses padrões é essencial para a recuperação do paciente.
Sempre procure auxílio médico. As informações contidas neste site não substituem em hipótese alguma o diagnóstico e tratamento profissional.
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