O transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) é uma condição psicológica que afeta crianças e adultos. O transtorno é caracterizado pela desatenção (não conseguir manter o foco), hiperatividade (movimentos excessivos) e impulsividade (atitudes realizadas sem pensar).
O diagnóstico de pessoas que têm transtorno de déficit de atenção com hiperatividade acontece geralmente na infância. Isso porque esse é o momento em que o transtorno é mais fácil de ser identificado. No entanto, adultos podem ser diagnosticados, apesar da dificuldade que profissionais da saúde encontram em realizar esse diagnóstico.
Mesmo que muitas pessoas acreditem que é mais comum o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade surgir em homens, não existe essa probabilidade. Na verdade, mulheres e homens são propensos a desenvolver o transtorno da mesma maneira. Porém, mulheres encontram maior dificuldade em serem diagnosticadas devido a uma série de fatores.
Ao todo, existem três tipos diferentes de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Os sintomas mais fortes variam de pessoa para pessoa, o que faz com que exista mais de um tipo de TDAH.
Desatenção predominante: é difícil para o indivíduo organizar ou terminar uma tarefa, prestar atenção aos detalhes, seguir instruções ou manter conversas. Essa pessoa é facilmente distraída e esquece detalhes diariamente;
Impulsividade e hiperatividade predominante: a pessoa fala muito e se dispersa com facilidade. É difícil se manter quieto e parado por muito tempo, crianças pequenas podem até pular, correr e escalar as coisas constantemente. Uma pessoa impulsiva também pode interromper os outros com frequência, pegar as coisas da mão dos outros ou falar coisas inapropriadas em momentos errados. Por fim, esses indivíduos encontram dificuldades em ouvir e sofrem mais acidentes e machucados que os outros;
Combinação da desatenção e da impulsividade e hiperatividade: uma pessoa com esse tipo de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade desenvolve os dois outros tipos em conjunto.
A predominância dos tipos de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade pode se alterar conforme a pessoa envelhece. Ou seja, ela pode ter predominância da desatenção quando criança, e na vida adulta desenvolver a combinação dos outros dois tipos.
O diagnóstico do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade costuma acontecer na infância antes dos seis anos. Até a fase adolescente o transtorno pode ser relativamente fácil de identificar. No entanto, na fase adulta, psicólogos e psiquiatras encontram problemas em diagnosticar seus pacientes.
Isso acontece porque ainda é preciso uma grande quantidade de estudos sobre transtorno de déficit de atenção com hiperatividade em adultos. Sem a informação necessária para entender como o TDAH funciona em pessoas mais velhas, profissionais da saúde podem se sentir hesitantes antes de diagnosticar pacientes.
Devido ao fato do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade ser uma condição de desenvolvimento, especialistas acreditam que não é possível uma pessoa adulta ter TDAH sem ter apresentado sintomas na infância. Ou seja, se ela não foi diagnosticada logo cedo, seus sintomas provavelmente foram negligenciados.
Mulheres não costumam ser diagnosticadas desde cedo devido às formas diferentes que o TDAH se desenvolve nelas e em homens. Questões de gênero, como normas e estereótipos, também são responsáveis por fazer com que mulheres escondam alguns de seus sintomas na sociedade.
Antes de determinar se uma pessoa tem transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, o profissional da saúde precisa seguir uma série de testes padrão. Isso porque condições como depressão, ansiedade, e deficiências intelectuais podem apresentar os mesmos sintomas que o TDAH.
O primeiro passo para diagnosticar TDAH é um exame médico, que inclui testes de visão e de audição, para depois partir para os sintomas comuns do transtorno. O profissional médico também irá fazer uma checagem com todos os sintomas do paciente e o seu histórico familiar e escolar.
Se você ou seu filho apresentarem sintomas de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, entre em contato com um psicólogo, psiquiatra ou pediatra comportamental. Desta forma, vocêpode encontrar o acompanhamento correto para descobrir o seu diagnóstico.
Ansiedade: pessoa se preocupa e fica nervosa a maior parte do tempo, podendo ter sintomas físicos, como coração acelerado, suor em excesso e tontura;
Distúrbio desafiante oposicionista (ODD): atitudes negativas ou disruptivas, principalmente em relação a autoridades, como pais e professores;
Transtorno de conduta: envolve uma tendência a atitudes antissociais, como roubar, brigar, vandalizar e machucar pessoas e animais;
Depressão: alteração de humor caracterizada pela tristeza profunda e forte sentimento de desesperança;
Problemas para dormir: dificuldade em dormir durante a noite e ter um padrão regular de sono;
Transtorno do espectro autista: afeta a interação social, comunicação, interesses e atitudes;
Dispraxia: condição que afeta a coordenação motora;
Epilepsia: condição que afeta o cérebro e causa convulsões repetidas;
Síndrome de tourette: condição que afeta o sistema nervoso, caracterizada pela combinação de barulhos e movimentos involuntários (tiques);
Dificuldade de aprendizagem: como a dislexia;
Transtornos de personalidade: grupo de condições psiquiátricas onde uma pessoa tem um padrão de pensamento e comportamento rígido e mal ajustado;
Transtorno de bipolaridade: afeta o humor, que pode mudar de um extremo para o outro em determinado espaço de tempo;
Transtorno obsessivo compulsivo: condição onde o indivíduo tem pensamentos obsessivos e atitudes compulsivas.
Na maior parte dos casos, o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade pode ser tratado com uma combinação de terapia cognitivo comportamental e medicamentos. Para crianças, é recomendado primeiro a implementação da terapia, antes que os remédios sejam testados.
Manter uma vida saudável também é essencial para o controle do transtorno de déficit de atenção com hiperatividade. Isso porque exercícios físicos e uma boa alimentação podem ajudar a pessoa a lidar melhor com os sintomas do TDAH. Algumas atitudes saudáveis que podem ajudar são:
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