Computadores, monitores, mouses, celulares, televisores… tudo isso é lixo eletrônico e traz aquele monte de dúvidas na hora de adquirir um novo aparelho: o que fazer com lixo eletrônico? E o meu aparelho antigo? Posso jogar diretamente no lixo comum? Eles proporcionam problemas à saúde? Em que condições? Qual é a melhor forma de descartar um aparelho e evitar o acúmulo de lixo eletrônico?
A eCycle desenvolveu um passo-a-passo para guiar consumidores que estão em dúvida sobre o que fazer com eletrônicos velhinhos.
A pressa em se livrar do item pode fazer com que a vida útil dele seja eliminada precocemente. A velocidade com que a indústria lança as novidades eletrônicas no mercado também incentiva a desvalorização da reutilização. No caso de computadores, por exemplo, muitas vezes a instalação desenfreada de softwares torna o computador lento e o usuário pensa que se trata de uma defasagem do modelo.
Pense sobre qual é o uso que você faz de cada aparelho. O eletrônico que você tem dá conta de suas demandas? Você precisa mesmo de outro? É possível consertá-lo? Evite o acúmulo de lixo eletrônico.
Se a sua escolha foi pela troca, é possível doar alguns desses itens, caso eles ainda estejam em uso. Instituições de caridade e telecentros, por exemplo, aceitam eletrônicos em bom estado. Fique atento se eles dão uma destinação correta após o término da vida útil. Conheça postos de descarte.
Caso seu aparelho já tenha realmente se transformado em lixo eletrônico, é preciso pensar nas consequências que o descarte incorreto pode causar para entender o que não deve ser feito. Dê uma olhada nos principais elementos tóxicos que compõem os eletrônicos:
“Tudo que tem bateria, placa eletrônica e fio possui algum material contaminante”, afirma a especialista em gestão ambiental do Cedir (Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática), pertencente ao CCE (Centro de Computação Eletrônica) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov, lembrando que esse tipo de material é acumulativo – quanto mais contato se tem com ele, pior para a saúde.
Quando tratamos dos problemas ambientais relacionados ao lixo eletrônico, eles não são menores. De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), de 2010, a geração de lixo eletrônico cresce a uma taxa de aproximadamente 40 milhões de toneladas por ano em todo o mundo. E a maior parte desses resíduos tem condições de ser utilizada novamente ou de ser reciclada, mas o destino acaba sendo o pior possível: os aterros sanitários e lixões. “Os lixos eletrônicos, como placas de computador e monitores CRT, não soltam os contaminantes quando estão em um ambiente fechado. Mas em aterros a temperatura é mais alta e o contato com a chuva, que costuma ser bem ácida nas metrópoles, faz com que os metais pesados sejam liberados diretamente no solo”, explica a especialista do Cedir. O lixo eletrônico também pode contaminar as águas de lençóis freáticos, dependendo da região do aterro ou lixão.
Mas apesar de todos esses problemas, já existem tecnologias que conseguem aproveitar o lixo eletrônico para, depois da reciclagem, utilizá-los de outra forma. Para se ter uma ideia, 68% de um computador é feito com ferro, enquanto 31% da composição de um notebook é plástico (ambos materiais recicláveis). No geral, 98% de um PC é reciclável. “Mas na prática esse número se reduz para cerca de 80%. A mistura de componentes plásticos e metálicos com os metais pesados torna difícil a separação”, diz Neuci. Mesmo assim, já é uma porcentagem considerável.
Sabendo disso, o melhor que você pode fazer é procurar postos de reciclagem para eletrônicos (Acesse a sessão específica para busca de postos da eCycle) ou tentar devolver os produtos para os fabricantes, que ficarão responsáveis a dar uma destinação correta a partir de 2014 (graças à lei de resíduos sólidos).
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