Tsunami é uma onda gigante que possui grande quantidade de energia e ocorre nos oceanos. Ele pode ser gerado por sismos em regiões costeiras e oceânicas, deslizamentos de taludes submersos, erupções vulcânicas, explosões ou ainda por impactos de corpos cósmicos, como meteoritos. Um tsunami tem elevado potencial destrutivo e pode trazer consequências avassaladoras para as áreas atingidas.
O que distingue um tsunami de outras ondas são os períodos de oscilação da água. Enquanto em uma onda marítima “normal” podem ocorrer períodos de até algumas dezenas de segundos, em um tsunami este tempo atinge alguns minutos ou até meia-hora. Assim, os tsunamis são ondas longas, que em alto-mar possuem entre 100 km e 500 km de comprimento.
Um tsunami é formado a partir de distúrbios causados nos oceanos, que liberam energia, propiciando a movimentação de grandes massas de água. Como dito anteriormente, esse evento pode estar relacionado a fatores geológicos da área ou a exógenos, como a queda de meteoritos.
Os fenômenos de ordem tectônica são as principais causas das ondas gigantes características dos tsunamis, principalmente abalos sísmicos que se originam no assoalho oceânico. Sua ocorrência é mais comum em áreas de instabilidade tectônica, em que há o encontro de diferentes placas.
Além disso, o vulcanismo é outro fator gerador de tsunamis, embora ocorra com menor frequência. Nesse caso, a atividade vulcânica pode se dar tanto no fundo dos oceanos quanto nas zonas costeiras, como a destruição da caldeira vulcânica durante o processo de erupção e o consequente deslizamento de grandes quantidades de detritos para o mar, ou, ainda, o fluxo propriamente dito de lava e outros materiais.
Deslizamentos de terra que acontecem nas áreas mais íngremes do assoalho oceânico, podem provocar também a propagação de energia para a formação dos tsunamis.
Os tsunamis possuem comprimentos de onda que vão de 100 km a 500 km, enquanto as ondas comuns chegam a algumas centenas de metros. A sua amplitude é pequena e variável na escala de metros.
Outra característica importante dos tsunamis é a sua alta velocidade em mar aberto. Nessas áreas, as ondas se deslocam em até 890 km/h. Conforme se aproximam da costa, os tsunamis perdem velocidade e ganham altitude, atingindo de 40 m a 50 m.
Esse fenômeno possui grande poder de destruição, já que as ondas se quebram violentamente quando chegam no litoral e conseguem avançar centenas de quilômetros sobre as áreas atingidas.
O Brasil está localizado no centro da Placa Sul-Americana, ou seja, uma posição confortável em relação à ocorrência de atividades tectônicas capazes de desencadear tsunamis. No entanto, pesquisas sugerem que existe a possibilidade do litoral brasileiro ser atingido por um tsunami no futuro.
Além disso, um estudo revelou que uma erupção do vulcão Cumbre Vieja poderia provocar ondas gigantes que se propagariam pelo Oceano Atlântico e atingiriam países do continente americano, como o Brasil.
A região mais suscetível à ocorrência de tsunamis no planeta é o Círculo de Fogo, localizado no Oceano Pacífico.
O maior tsunami já registrado ocorreu no Alasca, em 9 de julho de 1958, quando 90 milhões de toneladas de rocha e gelo desabaram dentro de uma baía – Lituya Bay –, gerando uma onda com cerca de 50 m de altura , elevando a água até 524 m no outro lado da baía (a altura foi avaliada pelas marcas na floresta das montanhas que circundam a baía).
Em 26 de agosto de 1882, como consequência da grande erupção do vulcão Krakatoa na Indonésia, um tsunami matou 36.417 pessoas. Somente na região do Oceano Pacífico foram registrados mais de 1.100 tsunamis nos últimos vinte séculos, sendo que os quinze mais terríveis (anteriores a 26 de dezembro de 2004) produziram aproximadamente 330.000 mortes.
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