Imagem: Banheiros químicos montados em BH durante o Carnaval. Mariana Prates/UFMG
Motivo de desavenças e incômodos durante o Carnaval, o xixi de alguns foliões de Belo Horizonte vai virar adubo. Trata-se de uma ação piloto do P4Tree, projeto do Departamento de Química da UFMG, que desenvolveu tecnologia capaz de separar o fósforo presente na urina e reaproveitá-lo no cultivo de flores no Jardim Botânico da capital mineira, que fica no bairro da Pampulha.
Durante a folia em Belo Horizonte, seis banheiros foram equipados com recipientes próprios para esse processo de filtragem. As cabines – quatro volantes e duas fixas – foram instaladas em ponto estratégico da cidade, próximo ao palco da Avenida Brasil, na região centro-sul da capital.
O químico responsável pelo projeto e doutorando em inovação tecnológica pela UFMG, Arthur Silva, explica que o fósforo é um dos elementos químicos essenciais para o crescimento de plantas e tem papel fundamental na agricultura. O fósforo também é largamente empregado na indústria alimentícia como conservante.
Segundo Arthur Silva, é possível separar, em média, 300 mililitros de fósforo por litro de urina, e cada tanque de um banheiro químico tem capacidade para cerca de 200 litros de dejetos. Silva destaca que só em Belo Horizonte são desperdiçados, por dia, 650 quilos de fósforo nos banheiros.
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais