Comer menos carne, voar menos de avião ou escolher energias renováveis podem acelerar a transição para uma economia de baixo carbono, com menos emissões de gases que causam o efeito estufa e o aquecimento global. Mas por que mais pessoas não estão fazendo isso? Quais são as barreiras ao consumo baixo de carbono?
A ciência comportamental pode ajudar a entender como pessoas processam, respondem e compartilham informações, a fim de identificar o que transforma conscientização em ação e ação em mudança de comportamento.
A ONU Meio Ambiente reuniu cinco maneiras pelas quais esse ramo da pesquisa científica pode promover escolhas diárias mais sustentáveis entre as pessoas:
“Pessoas em geral estão (com atitudes) positivas (em relação) à mudança climática e à neutralidade de carbono, mas esses podem ser conceitos abstratos e distantes para as vidas cotidianas de muitas pessoas”, afirma o especialista em mudança climática da ONU Meio Ambiente, Niklas Hagelberg.
Por isso, na avaliação do especialista, a ciência comportamental é essencial, pois consegue promover mudanças concretas de práticas e hábitos.
Um número crescente de governos está incorporando a ciência comportamental em muitos aspectos de suas políticas – desde completar impostos de renda a tempo e diminuir acidentes automobilísticos até promover a reciclagem e reduzir o lixo plástico.
A publicação Consuming Differently, Consuming Sustainably (lançada pela ONU Meio Ambiente, com apoio da Comissão Europeia e autoria da consultoria ideas42) lança luz sobre o potencial da ciência comportamental para melhorar a eficácia de políticas de consumo sustentável.
As demandas humanas de recursos naturais da Terra ultrapassaram o que pode ser produzido. Nós consumimos, em menos de nove meses, mais recursos do que o nosso planeta produz em um ano e a nossa taxa de consumo continua crescendo.
Além disso, o crescimento de economias emergentes está impulsionando um aumento no consumo em todo o planeta. Um número crescente de domicílios em economias em desenvolvimento está se juntando à classe consumidora. Especialistas estimam que, até 2050, haverá de 2 a 3 bilhões de consumidores a mais de classe média.
“Alcançar o consumo sustentável irá exigir um grande esforço global – é crítico que usemos todas as ferramentas à nossa disposição. Ao usar o entendimento profundo sobre a tomada de decisões fornecido pela ciência comportamental, legisladores podem criar políticas mais eficazes para alterar padrões de consumo e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, diz o relatório.
O relatório da ONU Meio Ambiente apresenta três recomendações para legisladores alcançarem melhores resultados em políticas de consumo sustentável:
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