Aparelho custou US$ 45 mil e irá beneficiar cerca de 750 famílias da região
A primeira usina solar de tratamento de água do leste da cidade de Nova Délhi, na Índia, foi construída em uma escola pública, em setembro. O equipamento produz cinco mil litros de água tratada por dia, que devem ser disponibilizados para cerca de 750 famílias de baixa renda que vivem na região.
No equipamento de US$ 45 mil, painéis solares fornecem a energia necessária para a purificação da água pelo método de ionização. O resultado obtido está de acordo com os padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS) para água potável.
A ONG Social Awareness Newer Alternatives (SANA) realizou o projeto e transferiu a propriedade e a manutenção do equipamento aos próprios estudantes da escola. Eles também foram treinados para compreenderem o funcionamento da usina.
Milhões de indianos não têm acesso a água potável e esse novo modo de disponibilizá-la é também sustentável, pois, de outra forma, a água seria tratada utilizando métodos que geram muitas emissões.
O modelo tem potencial para ser adotado em todas as regiões do país. Em muitos lugares mais remotos, os habitantes caminham quilômetros para ter acesso à água potável. Além de reduzir a pressão sobre os mananciais e lençóis freáticos pouco abundantes em regiões costeiras e desérticas, a expansão de tal tecnologia geraria empregos em áreas rurais carentes de oportunidades de trabalho.
A única dificuldade é que os custos ainda são muito altos e, por isso, não atrativos para a iniciativa privada. É preciso enxergar o potencial desta tecnologia e investir na redução dos custos para viabilizar uma solução sustentável para problemas ambientais, sociais e econômicos dos países em desenvolvimento.
Imagem: SANA
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