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A Saúde Planetária não se limita a analisar as alterações que o ser humano exerce sobre o planeta, mas também estuda as reações que a Terra entrega à humanidade

Imagem de Corina Rainer no Unsplash

Entre os dias 26 e 30 de abril, a Universidade de São Paulo sediará o 4º Encontro Mundial de Saúde Planetária. O evento abordará a relação mútua existente entre o ser humano e a Terra. Em um período geológico caracterizado pelo papel do ser humano como principal fator de alteração do ambiente — o Antropoceno —, a discussão se torna ainda mais importante, aponta Antônio Saraiva, coordenador do Grupo de Estudo de Saúde Planetária do Instituo de Estudos Avançados (IEA) da USP.

Campo de estudo nascido em 2015, a Saúde Planetária observa o mutualismo existente nessa relação, ou seja, não se limita a analisar as alterações que o ser humano exerce sobre o planeta, mas também estuda as reações que a Terra entrega ao homem. O especialista cita a pandemia de covid-19 como demonstrativo:

“Exemplo é a covid, que advém de uma série de fatores que levaram o homem, lá na China, a entrar em contato de maneira perigosa com o patógeno; e pelo cenário atual, de muita mobilidade, estamos nessa pandemia”.

Assim como a Saúde Planetária como um todo, o grupo da USP é recente: nasce em junho de 2019. E, apesar de sediado no IEA, o grupo é de abrangência nacional, conta com pessoas de Estados e Instituições de todo o país. Além disso, possui grande diversidade em sua composição, “tem profissionais de saúde pública, urbanismo, mobilidade, tecnologia, agricultura”, diz o professor. O objetivo do campo de pesquisa é “pensar na mudança de comportamento necessária para que o mundo seja mais saudável e o futuro mais promissor”, conclui Saraiva.

O evento, organizado pelo IEA e pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, será totalmente virtual e abrirá inscrições em breve. Interessados podem procurar o portal on-line do grupo de pesquisa.


Fonte: Jornal USP

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