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A técnica de vaginal seeding, em português semeadura vaginal, consiste em passar os fluídos vaginais no rosto do recém-nascido

Vaginal seeding, ou semeadura vaginal em português, é uma técnica que consiste em passar fluídos vaginais da mãe no rosto do recém-nascido depois da cesariana. Os primeiros estudos a respeito da prática surgiram após especialistas apontarem que crianças que nascem por meio da cesárea não têm as mesmas bactérias saudáveis que bebês nascidos de parto normal. 

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Como a ideia surgiu?

Em 2016, um grupo de médicos realizou um estudo que desenvolveu o conceito de vaginal seeding, ou semeadura vaginal. Ao final da pesquisa, eles afirmaram que o procedimento poderia restaurar a microbiota saudável em crianças nascidas por cesárea. O objetivo é recriar o processo que ocorre durante um parto normal, quando o bebê tem contato com o fluído vaginal da mãe.

Isso foi baseado em outros estudos que apontam que nascidos de cesariana tem um sistema imunológico mais fraco do que os de parto normal. Sendo assim, isso poderia ser causado pela falta de contato da criança com as bactérias benéficas encontradas no corpo da gestante.

Além da pesquisa de 2016, uma análise da Universidade Rutgers, também mostrou que a semeadura vaginal pode ser benéfica para recém nascidos. Os pesquisadores analisaram o quadro de bebês que receberam o líquido da mãe na pele, e daqueles que receberam um placebo no lugar. No fim de 20 dias, quem recebeu os fluídos vaginais apresentou uma microbiota semelhante à de um recém nascido de parto normal. O mesmo não aconteceu com quem recebeu o placebo.

Importante frisar que ambos os estudos ainda são iniciais e precisam avaliar os resultados da técnica a longo prazo. Ou seja, durante a vida da criança. Além disso, também é preciso levar em consideração fatores que podem tornar a semeadura vaginal em uma prática perigosa, como infecções íntimas. 

Como é feito o vaginal seeding?

A semeadura vaginal consiste em deixar um pedaço de algodão na região da vagina da gestante uma hora antes de realizar a cesárea. Depois que a cirurgia é feita, os médicos passam o algodão no rosto do recém nascido, isso inclui a boca e as pálpebras. 

Assim como nos estudos, é importante que a gestante realize testes antes para saber se existem patógenos danosos ao bebê nos fluidos vaginais. Para isso são realizados exames de infecções para garantir a segurança da criança.

Quais os benefícios da semeadura vaginal? 

De acordo com os estudos citados acima, o vaginal seeding reduz o risco da criança desenvolver doenças autoimunes ao decorrer da vida. Além disso, outras pesquisas também relacionam a falta de uma microbiota diversificada em nascidos de cesariana com a prevalência da obesidade. Desta forma, a prática da semeadura vaginal ajudaria a evitar a condição.

No entanto, como as análises da semeadura vaginal ainda são recentes e pouco se sabe sobre os benefícios da prática a longo prazo, os médicos recomendam adotar outras medidas para aumentar a imunidade da criança nascida por cesariana. Algumas técnicas comumente utilizadas, com eficácia comprovada, são:

  • Contato pele com pele logo depois do bebê nascer, que fornece uma boa quantidade de bactérias benéficas;
  • Amamentação, que também é responsável por criar a microbiota do intestino da criança;
  • Evitar o uso de antibióticos;
  • Não dar banho no recém nascido até 12 horas após o nascimento;
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Cuidados com a semeadura vaginal

A maior preocupação de profissionais de saúde sobre a semeadura vaginal é a infecção da criança com alguma bactéria nociva. Por isso é essencial realizar o vaginal seeding com a ajuda de obstetras e ginecologistas. Essas pessoas são responsáveis por prescrever os exames necessários para identificar qualquer patógeno que possa contaminar o recém nascido. 

Antes de realizar a semeadura vaginal, certifique-se de conversar com o médico que acompanha a gestação sobre a possibilidade e elimine a existência de infecções como: 


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