Vaping é o ato de fumar cigarros eletrônicos, também conhecidos como “vapes”. Esses cigarros possuem um líquido composto por nicotina e outros ativos, que são aquecidos e se transformam em um vapor, que é inalado pelo usuário.
Em geral, parte da população usa cigarros eletrônicos como um método para parar de fumar cigarros convencionais. No entanto, com a popularização desse meio, principalmente devido a uma variedade de sabores diferentes, vaping tornou-se um risco em meio a população mais jovem.
Além disso, mesmo sendo mais seguro que cigarros convencionais, vaping ainda possui ameaças à saúde, que estão sendo descobertas gradualmente com o aumento da popularidade dessa tecnologia.
Conheça alguns riscos do vaping à saúde:
Como já mencionado, vaping é comumente utilizado como uma alternativa ao cigarro. Entretanto, vapes e cigarros eletrônicos ainda possuem nicotina que, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pode ser tão viciante quanto a heroína.
Por outro lado, muitos especialistas acreditam que os vapes podem ser ainda mais viciantes que cigarros convencionais. Dados informam que um único Juul — marca de um tipo de vape comercializado nos Estados Unidos — é equivalente a 20 cigarros. Porém, o consumo de vapes e outros cigarros eletrônicos é relativamente mais fácil do que o de cigarros convencionais, o que impulsiona um vício ainda maior.
Uma pesquisa publicada na Nature Scientific Reports comprovou que vaping pode expor usuários a níveis nocivos de material particulado — partículas minúsculas compostas por diversos materiais, como sulfatos, nitratos, poeira e compostos químicos orgânicos.
Esses materiais podem oferecer diversos riscos à saúde, incluindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como a arritmia e ataques cardíacos, como doenças associadas ao sistema respiratório. Além disso, um estudo também evidenciou que o material particulado tem a capacidade de agravar a reação inflamatória das células do organismo humano.
Além dos problemas cardiovasculares derivados da exposição à materiais particulados, vaping também oferece outros riscos à saúde do coração. Isso ocorre porque altos níveis de nicotina aumentam a pressão arterial e a adrenalina, resultando em uma frequência cardíaca alta, que potencializa os riscos para ataques cardíacos.
Alguns estudos também confirmam que pessoas que fumam vapes e cigarros eletrônicos possuem 56% mais chances de ter ataques cardíacos do que não usuários.
Assim como qualquer outro método de fumo, vaping oferece riscos ao pulmão. Dados do John Hopkins Medicine indicam que a técnica pode aumentar os riscos de desenvolvimento de asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Vapes também são constituídos de diversas substâncias nocivas ao pulmão, como níquel, estanho, chumbo, aromatizantes como diacetil e outras partículas ultrafinas. Em geral, fumar também pode aumentar os riscos de desenvolvimento de câncer de pulmão e outras condições severas.
A nicotina reduz o fluxo sanguíneo e a nutrição das gengivas, o que pode resultar em danos nas gengivas e em diversas condições periodontais. Por sua vez, a saúde da boca também pode agravar diversas outras condições do resto do corpo, como as próprias doenças cardiovasculares.
Similarmente, um estudo associou o uso de vapes ao aumento do risco de cárie dentária. A análise de registros dentários de cerca de 13 mil pacientes atendidos nas clínicas Tufts em um período de três anos até 2022 comprovou que 71,9% dos pacientes que usam cigarros eletrônicos possuem um maior risco de desenvolver a condição. Em comparação, apenas 59,6% dos pacientes que não usam vapes apresentavam o mesmo risco.
Contudo, a pesquisa não foi conclusiva, e especialistas acreditam que os dados podem apontar uma correlação, mas não uma causa para o desenvolvimento de cáries.
Embora não tenha uma causa que indique o porquê desses números, uma pesquisa anterior, realizada em 2018, comprovou que os aerossóis do cigarro eletrônico aumentaram significativamente a adesão bacteriana ao esmalte dos dentes. Desse modo, o acúmulo de bactérias nos dentes pode ser o motivo para um maior índice de cáries em pacientes que usam vapes.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos reportou 60 mortes resultantes de lesões nos pulmões causadas por cigarros eletrônicos até janeiro de 2020. A maioria dessas mortes se deu por dispositivos alterados para carregar tetrahidrocanabinol, uma das substâncias encontradas na maconha.
Além de todos os problemas da saúde relacionados ao cigarro eletrônico, alguns dados sugerem que vaping pode ser, também, prejudicial ao meio ambiente. O descarte incorreto desses eletrônicos contribui para a poluição do solo e da água através da liberação da nicotina ou outras substâncias tóxicas, como mercúrio e chumbo.
Dados da Truth Initiative indicam que cerca de 51% dos usuários de vapes os descartam no lixo comum, enquanto 10% admitem jogá-los diretamente no chão. Entretanto, cerca de 49% dos usuários não sabem qual o descarte correto de seus cigarros eletrônicos.
Infelizmente, a maioria das companhias responsáveis pela fabricação dos vapes não possuem um sistema de descarte e nem disponibilizam informações sobre um possível plano. Portanto, isso fica de responsabilidade do consumidor.
De acordo com a lei nº 13.576, aparelhos eletrônicos devem receber a destinação adequada de modo que não provoquem danos ao meio ambiente.
Siga o passo a passo de como descartar corretamente o seu vape:
Confira onde reciclar seus resíduos.
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