A vespa mandarina é uma vespa gigante nativa da Ásia oriental e geralmente encontrada em ambiente tropical, sendo mais comum no Japão. Ela também é chamada de “vespa assassina“, já que é uma predadora feroz e destrói suas vítimas sem dó – geralmente abelhas e outros insetos grandes, como o louva-deus. Também há registros dessa vespa asiática atacando ratos e, embora não seja comum, ela pode picar humanos caso se sinta atacada.
As abelhas são as mais ameaçadas pelas vespas mandarinas, cuja proliferação tem sido associada ao aquecimento global. O aumento nas temperaturas gera uma maior taxa de sobrevivência do animal no inverno e, em outubro, mês de acasalamento dos espécimes que vivem no hemisfério norte, essas vespas gigantes ficam mais violentas e podem chegar a exterminar 40 abelhas por minuto. Já foram registradas infestações de vespas assassinas na China e agora elas foram encontradas também nos Estados Unidos e no Canadá.
A vespa chinesa, uma variação de tamanho menor (a vespa mandarina é a maior vespa conhecida do mundo), já apareceu na Europa, causando pesadelos às abelhas na França, na Espanha e em Portugal. Estima-se que essas vespas tenham entrado pelo literal francês. Já a origem das vespas mandarinas que causaram problemas nos EUA e Canadá ainda é desconhecida, mas as autoridades já se mobilizam para conter o problema antes que a espécie invasora se instale.
A vespa mandarina mede cerca de 5,5 cm, voa a uma velocidade média de 40 km/h e é um animal predador, atacando insetos de médio e grande porte, principalmente abelhas, outras vespas e espécies de louva-deus. Nativa da Ásia, é possível que o aumento das temperaturas globais facilite a disseminação dessa vespa assassina por diferentes países. Em países como os Estados Unidos, as vespas mandarinas são consideradas uma espécies invasora, ou seja, que não é típica da região e pode causar desequilíbrio.
Tradicionalmente, no hemisfério norte, o ciclo de vida dessas vespas começa por volta de abril. Enquanto a rainha das vespas sai da hibernação, as operárias descobrem e constroem covas subterrâneas para construir ninhos. A destrutividade atinge o pico durante o final do verão e o início do outono, quando as operárias buscam furiosamente por comida para sustentar a rainha do próximo ano.
A picada dessa vespa gigante foi descrita por um estudioso da espécie como algo semelhante a ter um prego quente enfiado na própria perna. Os ataques registrados na China costumam se dar em plantações e, nos Estados Unidos, o que se viu foram ataques a colmeias e criações de abelhas.
As vítimas em geral são atacadas por uma grande quantidade de vespas ao mesmo tempo. Elas estraçalham abelhas, de modo que chamar a espécie de vespa assassina não é exagero. No caso de humanos, o veneno inoculado por essas vespas pode fazer com que a urina da vítima fique com uma coloração bem escura.
O ataque de uma grande quantidade desses insetos é incomum, mas pode matar – no Japão, as vespas assassinas matam cerca de 50 pessoas por ano. Na dúvida, mantenha distância.
Como dito, as principais presas da vespa gigante são as abelhas. Os criadores que presenciaram ataques a suas colmeias se dizem estarrecidos. A caçadora prende a abelha, corta sua cabeça, depois as asas e, por fim, os membros, além de manter o tórax consigo. Essa parte do corpo tem muita proteína e é usada para alimentar as larvas da predadora. A vespa mandarina também deixa um rastro de feromônios, que serve para atrair outras vespas mandarinas para a colmeia encontrada.
As abelhas japonesas desenvolveram uma defesa contra a inimiga gigante. Depois que a vespa se aproxima da colmeia e emite os feromônios, as abelhas liberam a entrada da residência, armando uma cilada. A vespa entra na colmeia com o intuito de roubar larvas de abelha para alimentar suas próprias crias, como de praxe. Uma vez lá dentro, uma multidão de abelhas cerca a vespa assassina invasora, formando uma esfera ao seu redor.
As abelhas vibram seus músculos de voo, fazendo com que a temperatura da “bola de abelhas” chegue aos 46 °C e a concentração de CO2 aumente na formação defensiva. Essa combinação é letal para a vespa mandarina. O problema é que abelhas de outros países não possuem esse mecanismo de defesa, o que faz com que sejam presas fáceis para a vespa mandarina. Ao mesmo tempo, essas vespas fazem parte do ecossistema do planeta e, como outros animais, fazem o que podem para sobreviver.
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