Via Láctea é o nome dado a galáxia onde fica localizado o sistema solar da Terra
A Via Láctea é a galáxia na qual se encontra o sistema solar da Terra. O corpo celeste é formado por uma coleção com bilhões de estrelas, poeira e gás que se alinham em um espiral que pode ser visto de cima e de baixo. Formada por uma auréola de poeira cósmica no centro e quatro espirais conhecidos como “braços”, a galáxia Via Láctea ainda não é totalmente conhecida pelo ser humano.
Como explicar a Via Láctea?
Não existem imagens reais da Via Láctea, apenas ilustrações que apontam como a galáxia pode ser. De acordo com astrônomos, a galáxia onde se encontra nosso sistema solar é um acumulado de poeira cósmica, gás e estrelas, que formam um espiral.
Buraco negro Sagitário A e bolha de gás, poeira e estrelas
No centro da Via Láctea, onde o espiral se encontra, existe um buraco negro, conhecido como Sagitário A. Ele possui uma massa equivalente a quatro milhões de sóis, e pode ser observado com a ajuda de telescópios próximo a constelação de Sagitário. Em 2022 cientistas conseguiram fotografar a primeira imagem do buraco negro macisso, revelando ao mundo a sua aparência.
Assim como a maioria dos buracos negros, o Sagitário A exerce uma força gravitacional que puxa tudo aquilo ao seu redor. Por este mesmo motivo toda a massa cósmica que flutua ao seu redor forma um grande espiral que culmina no grande buraco. Na parte mais próxima desse vazio interestelar se encontra um acumulado de poeira, gás e estrelas que formam uma bolha galáctica.
Essa bolha tem o formato de um amendoim e alcança 10 mil anos luz. Apenas nessa região existem 10 bilhões de estrelas, a maioria delas são gigantes vermelhas que estão prestes a morrer, sendo que em toda a Via Láctea existem aproximadamente 200 bilhões.
O disco espiral
O espiral que se forma ao redor do buraco negro e da bolha cósmica tem 100 mil anos luz de diâmetro e mil anos luz de largura. A maioria das estrelas e dos sistemas solares encontrados na Via Láctea se encontram nessa região, e isso inclui o Sol.
Não existem muitos estudos a respeito dos espirais que formam os braços da Via Láctea. Entretanto, alguns estudiosos apontam que eles se formam e se dispersam em um período curto, de 100 milhões de anos — considerando que a galáxia toda tem mais de 13 bilhões de anos, ela provavelmente já teve diversos espirais que surgiram e desapareceram.
Conforme os braços se aproximam do centro da Via Láctea, mais a gravidade força os gases, estrelas e poeira cósmica juntos. Isso faz com que os corpos próximos do Sagitário A sejam mais velhos do que aqueles que se encontram na ponta dos espirais.
Segundo a Fundação Nacional de Ciências (NSF) dos Estados Unidos, existem quatro braços que formam os espirais da Via Láctea. Eles são: os dois maiores (Perseus e o Escudo-Centauro) e os dois menores (Norma e Sagitário).
Ao contrário de outras galáxias, como a Andrômeda, esses espirais não se conectam diretamente com o núcleo da Via Láctea e sim a uma barra reta. Nela estão presos os dois maiores braços, em suas extremidades, o núcleo (buraco negro) do espiral e diversas estrelas que formam a bolha cósmica.
O arredor da galáxia via láctea
Dispersas ao redor dos espiral e da bolha cósmica da Via Láctea existe uma coleção de estrelas ancestrais e aproximadamente 40 galáxias anãs. Especialistas defendem que esses corpos celestes ou estão orbitando o grande espiral, ou colidindo com ele. Ao redor de tudo isso existem mais uma auréola gigante e esférica de poeira e gás.
Astrônomos também defendem a possibilidade de existir uma auréola maior ainda feita de matéria escura. Porém, como esse material é invisível, porque não emite luz, a sua presença só pode ser deduzida pelos efeitos gravitacionais nos movimentos das estrelas. A massa total da Via Láctea, incluindo a matéria escura, é igual à massa de 15 trilhões de sóis, de acordo com estimativas da NASA.
Em que parte da via láctea fica o nosso sistema solar?
O Sol fica localizado há pelo menos 25 mil anos luz do buraco negro no centro da Via Láctea, posicionado entre dois braços principais, o Escudo-Centauro e Perseu. Ou seja, mesmo viajando na velocidade da luz (300 mil quilômetros, ou 186 mil milhas, por segundo), demoraria 25 mil anos para chegar ao Sagitário A.
Ao todo, o nosso sistema solar leva aproximadamente 230 milhões de anos para dar uma volta completa ao redor do centro galáctico. Isso significa que na última vez que ele finalizou esse processo, os dinossauros ainda estavam vivos.
Por que a nossa galáxia tem o nome de Via Láctea?
O nome Via Láctea faz referência a sua aparência semelhante a do leite derramado. Além disso, a denominação também está enraizada na lenda grega de que a deusa Hera teria derramado leite no céu. Entretanto, em outras regiões do planeta a galáxia ganha outros nomes, como “Rio de Prata” na China e “Espinha Dorsal da Noite” na África do Sul.
É possível ver a Via Láctea da Terra?
Sim, em alguns lugares do globo é possível ver as estrelas da Via Láctea formando um disco que corta o céu. Apesar disso, sem um telescópio o ser humano comum só consegue enxergar 6 mil das 200 bilhões de estrelas que compõem a galáxia.
Se você pensar na Via Láctea como uma grande pizza, esse número seria apenas um pequeno pepperoni em todo o alimento. Na verdade, para cada estrela que você consegue enxergar no céu, existem mais de 20 milhões que não são visíveis. Seja por elas terem um brilho fraco, estarem muito longe ou serem bloqueadas por nuvens de poeira cósmica.
Qual é a galáxia mais próxima da Terra?
A galáxia mais próxima da Via Láctea, e portanto da Terra, é a Andrômeda, que recebe esse nome por estar localizada na constelação homônima.