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A viagem no tempo pode ser um complexa, afinal, os cientistas ainda não entendem todas as características do Universo
A viagem no tempo é um tópico bastante discutido no mundo da ficção científica, principalmente quando se fala em sucessos como “De Volta Para o Futuro” e “Doctor Who”. Mas você já se perguntou se a viagem no tempo é possível? A resposta é simples, viajar para o futuro é um hábito humano, enquanto viajar para o passado é impossível até que se prove o contrário.
Como funciona a viagem no tempo?
Agora você deve estar se perguntando, como assim o ser humano viaja para o futuro? A viagem no tempo que está sendo discutida não é bem o que se observa em filmes e séries, na verdade ela é um pouco mais comum. A ida para o futuro acontece diariamente, a passagem de tempo de um segundo por um segundo é um tipo de viagem no tempo. Ou seja, o simples fato de você existir todos os dias significa que está praticando este tipo de viagem.
Além disso, a comemoração dos aniversários é outro exemplo de viagem no tempo. Afinal, você percorreu um período de um ano até o seu próximo aniversário, viajando entre as horas e dias até a data especial. Apesar da viagem não ser o que as pessoas esperam — poder visitar sua família daqui 20 anos no futuro em questão de segundos em máquinas do tempo — ela acontece e é bem real.
Teoria da relatividade
Segundo a teoria da relatividade geral, de Albert Einstein, um corpo em movimento tem sua percepção de tempo e espaço alterada dependendo do referencial que ele se relaciona. Para o cientista, o tempo é apenas uma percepção que pode passar mais rápido ou mais devagar dependendo do ponto onde o organismo se encontra. Outro fator importante levantado por Einstein é que a gravidade tem impacto significativo nas distorções de espaço-tempo.
Existe um exemplo prático que comprova a teoria da relatividade, o do relógio no avião. Nesse caso, um relógio foi deixado na superfície terrestre, enquanto outro foi colocado em um avião que ia dar a volta ao mundo. Viajando em uma velocidade alta, o relógio do avião passava o tempo de forma mais lenta. Ao chegar em seu destino, foi notado que o objeto estava alguns milésimos atrasado em comparação ao que ficou na superfície sem se movimentar.
Desta forma é possível entender que o tempo passa mais devagar para objetos e corpos que se movimentam em alta velocidade. Assim, percebe-se que viajar no tempo é um ato de todos que habitam esse Universo e vivem sob os conceitos de tempo. A diferença é que alguns corpos se movimentam mais rapidamente para o futuro do que outros e que grandes saltos de tempo ainda não foram comprovados de acordo com as leis da física.
Mas, e viajar para o passado?
Voltar no tempo, em comparação a ir ao futuro, é impossível desde que se prove o contrário. Muito se discute na comunidade científica sobre o ato de fazer uma viagem no tempo para épocas anteriores, mas o que se encontra são apenas empecilhos. O físico Stephen Hawking defendia que a maior prova de que o ser humano não pode voltar no tempo é que não existem turistas do futuro circulando pelo mundo agora.
A ciência discorre que para que alguém conseguisse fazer uma viagem no tempo para o passado, ela teria que ultrapassar a velocidade da luz. No entanto, o Universo em que a vida humana existe não é apto para este tipo de ação, já que seria necessário uma quantidade assustadora de energia, o que torna impossível a prática de viagem ao passado.
Um outro ponto levantado para explicar a inviabilidade da viagem no tempo para o passado é o “paradoxo do avó”. Segundo essa teoria, uma pessoa que vai ao passado para matar o seu avô, antes mesmo de ele conceber o seu pai, está cavando o próprio túmulo, afinal se seu pai nunca nasceu, ele também não vai nascer.
Seguindo o pensamento de que só existe uma linha de tempo e um universo só, voltar no tempo e impedir o próprio nascimento é impossível, já que uma ação anula a outra infinitamente.
No livro “A máquina do tempo: um olhar científico” , de Mário Novello, o autor explica que a única maneira dessa viagem no tempo ser algo viável seria se existissem mais de um universo e uma linha do tempo. Desta forma, a pluralidade de leis da física e de verdades seria infinita, permitindo que uma pessoa voltasse ao passado. Para saber mais sobre o assunto, confira a matéria: “O multiverso existe? Conheça as teorias”
Buraco de minhoca
Os buracos de minhoca são um conceito criado como solução para as equações da relatividade de Einstein. Um buraco de minhoca é formado por um túnel com duas saídas, que separam dois pontos distintos do espaço-tempo. Logo, ele interliga duas localizações em diferentes pontos do tempo.
Apesar de ser considerado uma solução válida para as equações de Einstein, o buraco de minhoca nunca foi localizado em lugar nenhum do espaço. Acredita-se que para que o Universo tivesse curvas e uma dilatação no tempo tão grandes quanto a do buraco de minhoca, seria necessário a existência de uma matéria exótica com densidade de energia negativa. Esse material teria de ser mais denso do que uma estrela de nêutrons, a estrutura mais densa do universo — que já foi observada pelo ser humano.
Quem já viajou no tempo?
Não existem viajantes do tempo que comprovaram com toda a certeza que já deram suas voltinhas em períodos diferentes do seu. No início dos anos 2000, acreditou-se que John Titor, um personagem da internet, teria sido a primeira pessoa a voltar ao passado e contar sobre suas viagens no tempo. Porém, seus relatos foram rebatidos anos depois de seu surgimento, já que eram inconsistentes e sem fundamento.
Um dos maiores motivos para os cientistas desmascararem Titor era de que ele havia viajado para uma época onde ainda não existia máquina do tempo. De acordo com alguns estudiosos, se algum dia a máquina do tempo for inventada, seus usuários só poderão ir ao passado em que a tecnologia existiu. Por fim, a maioria das profecias de John Titor não se cumpriram, o que também não o ajudou a manter sua história.
