Pessoas com vício em adrenalina são aquelas que procuram atividades e experiências que causam um surto de adrenalina. Como todo vício, existem vários níveis em que uma pessoa pode buscar as sensações resultantes desses atos, restringindo-se à prática de esportes radicais, como pular de paraquedas, ou também indo a lugares mais extremos, procurando o estímulo até nas suas áreas de trabalho.
Em geral, a maioria dos casos de vício em adrenalina não são tão severos. Porém, muitos atravessam a linha tênue entre atividades radicais com aquelas que podem oferecer algum risco à vida.
Apesar da terminologia utilizada para caracterizar esse fenômeno, é importante notar que o vício em adrenalina não é uma condição reconhecida pela comunidade médica. Desse modo, ela não possui um diagnóstico ou um tratamento oficial.
Quando uma pessoa fica com medo, entusiasmada ou emocionalmente carregada, o corpo libera dois principais hormônios, norepinefrina e epinefrina. Esses hormônios são produzidos principalmente pelas glândulas adrenais, porém, também podem ser resultantes da medula e alguns dos neurônios no sistema nervoso central.
A epinefrina é responsável pela resposta do organismo de “bater ou correr” que é desencadeada por situações de perigo. Porém, o hormônio também estimula outras reações do corpo, como o aumento da circulação do sangue e do oxigênio.
Já os surtos de norepinefrina podem causar extrema felicidade ou euforia, o que, de acordo com uma pesquisa de 2009 pode ser um elemento chave para que o indivíduo se torne dependente das sensações.
Assim, uma pessoa com vício em adrenalina é aquela que gosta das reações resultantes da liberação de epinefrina, e acabam procurando por esses sentimentos com mais frequência que outros.
Além disso, acredita-se que a adrenalina está associada à liberação de endorfinas, que diminuem a dor e aumentam o prazer, e de dopamina — um neurotransmissor responsável pelo prazer, satisfação e motivação.
De acordo com um estudo de 2002 da OMS, o vício em adrenalina também pode ser genético. As descobertas dos pesquisadores indicam que existem alguns genes específicos que podem aumentar o surto de adrenalina, que foram encontrados em ambas pessoas viciadas em adrenalina ou em drogas.
Pessoas com vício em adrenalina procuram as sensações resultantes da liberação dos hormônios citados acima. Mas, afinal, quais são os seus efeitos no organismo? Confira:
Como o fenômeno não é reconhecido pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), não existe um teste para diagnosticar pessoas viciadas em adrenalina. Porém, se você procura atividades radicais para conseguir alcançar o surto de adrenalina, você pode ser um deles.
Outras características presentes em pessoas com vício em adrenalina são:
Por outro lado, algumas atividades procuradas por esses indivíduos são:
A procura da adrenalina em si não é um problema. Entretanto, se alguém com vício em adrenalina está constantemente colocando sua vida em risco em situações perigosas, é hora de reavaliar a situação.
Alguns sinais que podem indicar um comportamento perigoso nesses casos são:
Não existe um tratamento oficial para o vício em adrenalina. Contudo, algumas técnicas de terapia podem ajudar, como a terapia cognitivo comportamental (TCC).
Se você acha que ser viciado em adrenalina está comprometendo sua saúde física ou mental ou seus relacionamentos, procure ajuda profissional.
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