A vitamina B12, ou cobalamina, é uma das oito vitaminas do complexo B. Ela é encontrada em alimentos de origem animal (exceto o mel), como carnes vermelhas, frutos do mar, peixes, ovos e leite, e é responsável por importantes funções no corpo.
A deficiência de vitamina B12 é difícil de ser diagnosticada, mas pode causar condições graves. Alguns problemas incluem anemia megaloblástica, causada pela redução de glóbulos vermelhos normais que se tornam grandes, imaturos e disfuncionais. Também incluem a anemia perniciosa, uma condição em que os glóbulos vermelhos do sangue ficam abaixo do normal. Grupos específicos, como vegetarianos e veganos que não suplementam, e pessoas com mais de 50 anos são os que estão mais vulneráveis à deficiência de vitamina B12.
O corpo pode armazenar a vitamina B12 por um período de três a cinco anos. Isso faz com que os sintomas de sua deficiência sejam difíceis de notar. Os sinais de baixos níveis de vitamina B12 são variados e generalizados, podendo aparecer de maneira diferente para cada um. Alguns deles são:
Quando a falta de vitamina B12 causa anemia, o corpo pode exibir sintomas como:
Por ser uma vitamina ligada à produção de sangue, os primeiros sinais de sua deficiência são confusão, fraqueza e fadiga. Estudos apontam que o consumo de anticoncepcionais que contêm altos níveis de estrogênio está fortemente associado à deficiência da vitamina B12 e B6.
O consumo de álcool também possui um papel na deficiência de vitamina B12. Dependendo da quantidade de álcool consumido, o nível de ácido estomacal pode diminuir, dificultando a absorção da vitamina no sangue.
É preciso ficar de olhos abertos. Segundo o Centro Médico da Universidade de Maryland, nos EUA, o consumo em altas doses da vitamina B9 (ácido fólico) pode mascarar a deficiência de vitamina B12 no corpo, uma condição já difícil de diagnosticar.
A única maneira de se confirmar o diagnóstico da deficiência de vitamina B12 é por meio de exames de sangue. Por isso, é importante fazer exames de rotina com o seu clínico geral, especialmente se você pertence aos grupos de risco.
A vitamina B12 não é produzida pelo corpo e pode ser encontrada naturalmente apenas em alimentos e produtos de origem animal. Por ser absorvida e armazenada no fígado dos animais, lá se encontra a maior quantidade da vitamina. Assim, bifes de fígado e filé de fígado de frango são alimentos ricos em vitamina B12. Outros tipos de carne de vaca e frango são fontes de vitamina B12, mas em menor quantidade. Ela também pode ser encontrada em ovos e outros peixes, como salmão, arenque e truta.
Como mencionamos antes, existem alimentos fortificados com vitamina B12. Como exemplo, é possível citar os cereais matinais, produtos à base de soja, fórmulas infantis não lácteas à base de proteína de soja, cereais para alimentação infantil, achocolatados em pó e creme de amendoim.
Por conta de sua importância para o organismo, algumas bactérias presentes na microbiota intestinal são capazes de compartilhar a vitamina B12 por um processo de sexo bacteriano.
Esse processo sempre foi reconhecido entre a comunidade científica, porém, um estudo publicado no jornal Cell Reports, atribuiu outros motivos para o método.
Anteriormente, o sexo bacteriano era reconhecido como um processo onde havia a transferência de genes saltadores entre bactérias. Um exemplo comum dessa transferência é a que garante resistência antibiótica entre bactérias saudáveis.
Porém, os novos estudos conseguiram observar outros motivos para o processo. A troca de genes entre bactérias engloba todo e qualquer material genético capaz de ajudá-los a sobreviver, incluindo a vitamina B12.
O processo de sexo bacteriano começa quando as bactérias capazes de carregar B12 entram em contato com as que não conseguem. Ele é caracterizado pela criação de uma estrutura em forma de tubo, chamada de sex pillus pelos cientistas. Esse canal facilita a transferência dos genes que possibilitam o carregamento do micronutriente.
Pessoas com mais de 50 anos produzem menos ácido no estômago, que é a chave da absorção da vitamina B12. Isso, em adição com a falta de apetite que acompanha a idade, faz com que seja ainda mais importante checar os níveis de vitamina B12 sempre que possível.
Existem casos de pacientes com dificuldades extremas de absorção da proteína. Nesse caso, médicos recomendam o uso de injeções de vitamina B12. Se você tiver 50 anos ou mais, procure orientação médica ou de um nutrólogo para suplementar B12. A falta dessa vitamina pode predispor à demência e mal de Alzheimer.
Além disso, de acordo com o médico e nutricionista vegano e membro da Sociedade Brasileira de Vegetarianismo Eric Slywitch, vegetarianos e veganos devem suplementar vitamina B12. Isso vale para gestantes, crianças, jovens e adultos. É preciso consultar um nutrólogo ou nutricionista para ajustar a dose, já que a maioria das embalagens de B12 das farmácias do Brasil oferecem doses muito baixas, geralmente 2,4 mcg. Dependendo da pessoa, se pratica atividade física ou não, podem ser necessários 1.000 ou 2.000 mcg.
Um grupo de cientistas especializados em saúde e nutrição alerta sobre a deficiência da vitamina B12. Chamado de cluB-12, o grupo engloba especialistas de diversas partes do mundo.
Um dos líderes do grupo afirma que existe uma “pandemia” de deficiência de B12 entre veganos e vegetarianos. Essas pessoas, muitas vezes, desconhecem a importância do micronutriente e não sabem que ele não é produzido por plantas. O objetivo do cluB-12, por sua vez, não é desencorajar essas pessoas, e sim alertá-los sobre as ameaças derivadas da deficiência da vitamina.
De acordo com os especialistas do grupo, é necessária a ingestão diária de suplementos da vitamina. A quantidade recomendada é de 4 a 7 microgramas. Também é essencial o monitoramento do micronutriente com auxílio médico.
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