Pegada ecológica e consumo consciente da água são alguns dos assuntos abordados. Secretária geral da ONG no Brasil (foto) os comenta.
A Rio+20 está apenas no começo e já há muitas expectativas sobre o que vem pela frente. A WWF-Brasil, uma das principais ONGs do mundo, também realizou eventos e atividades paralelas à conferência e algumas ainda vão ocorrer na próxima semana.
A secretária-geral da ONG no Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, comenta a necessidade de colocar em prática as soluções apresentadas durante a Rio+20.
“Estão sendo compartilhadas aqui, e o WWF-Brasil tem liderado muitas atividades nesse sentido, experiências que mostram um caminho possível para alcançar o modelo de desenvolvimento que queremos. Ainda estamos no começo da conferência e agora é o momento de inspirar os países a adotarem medidas práticas. A informação é fundamental para o processo de mudança da sociedade e para a sustentabilidade”, declarou a secretária.
Água Brasil
Uma das realizações da WWF-Brasil é o Programa Água Brasil, em parceria com o Banco do Brasil. Apresentado nesta quinta feira (14), durante a conferência, o projeto desenvolve ações rurais e urbanas de consumo sustentável.
Para Maria Cecília, os brasileiros já têm essa consciência, porém não conseguem mudar seus hábitos. Para ela, é aí que o programa pode ajudar bastante.
O assunto Pegada Ecológica também foi abordado nos eventos da WWF-Brasil realizados nos primeiros dias da Rio+20. O curso “Família das pegadas e sua aplicação”, que ocorreu no Riocentro, debateu indicadores de consumo de recursos naturais do planeta, como as pegadas hídrica, ecológica e de carbono. As informações do debate serão divulgadas à população para que haja maior conscientização sobre como medir os impactos das pegadas no meio ambiente.
Para Michel Becker, coordenador do Programa Cerrado e Pantanal da WWF-Brasil, o tema vai ajudar a melhorar o planejamento e o consumo nas cidades brasileiras. “O tema da Pegada Ecológica vem ganhando um espaço no trabalho do WWF-Brasil como uma ferramenta para discutir o consumo nas cidades e melhorar o planejamento e a gestão ambiental nas áreas urbanas. Campo Grande foi a primeira cidade a fazer esse cálculo em parceria conosco, São Paulo também aderiu e esperamos que esse exemplo se espalhe”, finalizou.
O resultado desses estudos referentes à cidade e ao estado de São Paulo já foram publicados na programação de eventos paralelos à conferência e pode ser visto neste link.
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