Para definir os rumos do projeto Sucre – iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para promover o uso da palha de cana-de-açúcar na produção de energia elétrica -, a agência da ONU divulgou os resultados de dois anos de acompanhamento junto a quatro usinas parceiras. Avaliação aborda principais obstáculos à expansão do modelo sustentável de reaproveitamento dos insumos.
Em 2017, o Sucre – sigla para Sugarcane Renewable Electricity ou Eletricidade Renovável da Cana-de-Açúcar, em português – completou dois anos. Desde o início de sua implementação, o projeto trabalhou com quatro usinas do estado de São Paulo que utilizam a palha do vegetal para gerar energia. Instalações estão localizadas em Quatá, Serrana, São Joaquim da Barra e Barra Bonita.
Ao longo do último biênio, o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e o Pnud coletaram mais de 1,2 mil amostras de materiais utilizados na produção alternativa de eletricidade dentro de cadeias sucroenergéticas. Em 2015, o SUCRE empreendeu 25 viagens a usinas. Em 2016, foram 80 visitas.
Entre os desafios identificados pelo Pnud estão a falta de dados sobre a quantidade recomendada de palha que deve permanecer nos canaviais, levando em conta os benefícios agronômicos e seu valor como combustível.
A agência da ONU também alerta para a presença de impurezas minerais na palha que é coletada e compactada em fardos, o que pode prejudicar a produção de energia elétrica. Outro problema é que a queima da palha nas caldeiras das usinas pode provocar erosão, corrosões e incrustações nas superfícies internas dos fornos.
Os próximos passos do PNUD e dos parceiros da iniciativa é realizar análises das safras 2017/2018 e promover debates sobre marcos regulatórios voltados especificamente para a eletricidade gerada pela palha. O projeto é financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), que prevê um orçamento total de 67,5 milhões de dólares para os cinco anos de duração do Sucre.
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