No espectro da personalidade, alguém ambivertido fica no meio — entre extrovertido e introvertido —, dependendo da situação. Entretanto, a ambiversão pode ser uma personalidade um tanto quanto fluida, podendo circular entre o espectro, inclinando-se mais para a extroversão ou introversão.
O conceito de extroversão e introversão foi introduzido no começo dos anos 1900 pelo psiquiatra suíço Carl G. Jung. Desde a sua visão, o espectro da personalidade foi ficando cada vez mais complexo, principalmente pela inflexibilidade desses termos.
Grande parte dos seres humanos não consegue se encaixar em apenas uma caixa dentro desse grande espectro, principalmente com personalidades tão opostas. Desse modo, o conceito da ambiversão tornou-se popular diante dessas questões.
Alguém ambivertido não é necessariamente extrovertido ou introvertido, mas ele transita sobre o espectro dependendo da situação. Acredita-se que essas pessoas sejam mais flexíveis e adaptáveis ao ambiente. Diferentemente de ser extrovertido ou introvertido, que são rótulos, ser ambivertido é estar dentro de um espectro variável.
Por muito tempo, a construção da personalidade foi vista como algo sólido e impermutável, que se consolida durante a vida adulta. A própria extroversão foi vista como um dos traços de personalidade principais, transitando apenas para a introversão e não reconhecendo pessoas que caem no meio do espectro.
Entretanto, a própria personalidade é permutável e aceita mudanças. Pesquisas já conseguiram comprovar que, à medida que o indivíduo cresce, sua personalidade é mais suscetível a conter aspectos mais maduros. De acordo com o site Psychology Today, também é possível deliberadamente influenciar essas mudanças com alguns comportamentos repetitivos. Assim, é possível comprovar que a ambiversão é válida e ajuda nesse trânsito entre personalidades.
A extroversão é controlada pelos níveis de dopamina, um neurotransmissor responsável pelo prazer, satisfação, motivação e habilidade de nos fazer pensar.
Todos os seres humanos possuem diferentes níveis de estimulação alimentada por dopamina no neocórtex. Pessoas introvertidas tendem a ter um estímulo maior, e por isso evitam qualquer tipo de estímulo social — algo que pode os deixar sobrecarregados. Já as pessoas extrovertidas ficam entediadas pela falta desse estímulo, e procuram-no dentro da sociabilidade.
Contudo, esses níveis de dopamina e estimulação podem variar — o que é mais comum em ambivertidos.
Para entender se você é ambivertido, é preciso se colocar no espectro da extroversão para entender seu posicionamento. Alguns sinais que você pode ser um ambivertido são:
Ser ambivertido, assim como os outros traços de personalidade, não é exatamente uma escolha, mas pode ser benéfico em alguns contextos. De acordo com um estudo da Escola Wharton da Universidade da Pensilvânia, ambivertidas podem exceder mais que extrovertidos e introvertidos em alguns cenários profissionais, como nas vendas.
Embora muitas pessoas acreditem que extrovertidos possuem o maior sucesso na área, a pesquisa comprovou que ambivertidos podem gerar 24% mais renda que introvertidos e 32% a mais que os extrovertidos.
Além disso, a empatia derivada desse traço de personalidade pode facilitar na conexão com outras pessoas. A flexibilidade do ambivertido possibilita a sua adequação na maioria dos contextos sociais.
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