Os inseticidas fazem parte da nossa vida, mas às vezes não levamos em conta o risco que corremos por ficarmos expostos a substâncias tão tóxicas.
Para conhecer melhor os problemas que esses produtos oferecem, é preciso lembrar que inseticidas são um tipo de pesticida, cujos compostos químicos afetam especificamente insetos, larvas e ovos, com o intuito de matar, repelir ou controlar sua quantidade. Por isso, é importante estar informado para saber qual é o melhor inseticida para suas situação e necessidades.
Pesticidas, como os organoclorados e os organofosforados, afetam o sistema nervoso dos insetos. Outros afetam a estrutura do seu exoesqueleto, enfraquecendo-o. Já os neonicotinoides paralisam e matam os insetos. Apesar de serem mais utilizados na agricultura, esses compostos também podem ser encontrados em inseticidas domésticos.
Para as residências, os produtos mais encontrados no mercado são os que levam piretroide, composto sintético similar ao encontrado nos crisântemos. Eles funcionam de forma semelhante aos organoclorados e aos organofosforados, afetando o sistema nervoso central dos insetos. A grande vantagem desse inseticida está no fato de ser menos abrasivo ao meio ambiente e à saúde humana. Além disso, se decompõe em um ou dois dias na atmosfera, graças à luz do sol.
A exposição a inseticidas domésticos, como os que contêm piretroides, pode causar alergia cutânea, irritação dos olhos e náuseas em adultos. Isso porque, de acordo com testes realizados em animais, o composto é tóxico em quantidade superior a 29 miligramas para cada quilo de um indivíduo. Também há estudos que relacionam a exposição a pesticidas ao aumento do risco de desenvolver diabetes.
Para crianças e animais, que são mais leves, os riscos de intoxicação são muito maiores. Estudos mostram que a exposição de bebês a pesticidas domésticos pode atrasar o desenvolvimento neurológico infantil em até 36 meses.
Esse tipo de composto ainda pode ser extremamente tóxico para animais domésticos, especialmente gatos, que não possuem uma enzima que ajuda o fígado a quebrar esse tipo de composto tóxico.
A larga utilização de inseticidas na agricultura e nas residências também tem sido relacionada à diminuição do número de abelhas polinizadoras no meio ambiente.
Adicionalmente, o uso recorrente de inseticidas faz com que os insetos se tornem mais resistentes. Os animais mais suscetíveis aos compostos químicos presentes nos pesticidas são eliminados, mas os mais resistentes, que não são afetados pelo inseticida, se reproduzem, tornando cada vez mais difícil produzir um composto efetivo para combatê-los.
Por esse motivo, o Ministério da Saúde não recomenda a utilização de inseticidas no combate ao mosquito da dengue. Em estudo recente, pesquisadores atestaram a crescente resistência do Aedes aegypti causada pelo uso contínuo de inseticidas.
Em primeiro lugar, lembre-se de seguir à risca as especificações do fabricante quando for utilizar algum inseticida. O Centro Nacional de Informação sobre Pesticidas dos EUA (NPIC) dá algumas sugestões sobre os cuidados que devem ser tomados durante a aplicação de inseticidas:
Se preferir, utilize receitas caseiras para produzir inseticidas naturais, que podem ser feitos em casa. Para mosquitos, uma boa solução são as velas e os óleos de citronela, que são repelentes naturais. Visite nossa receita de como se livrar de formigas sem usar produtos químicos. Conheça também algumas maneiras de evitar resíduos de pesticida em sua comida. Você pode ainda criar o seu próprio jardim de ervas, economizando com pesticidas e fertilizantes.
Lembre-se que os inseticidas vêm em latas de aerossol e que ela também causa muitos problemas. Para saber mais sobre o assunto, sobre onde e como descartar e sobre os riscos desse tipo de produto, leia nossa matéria especial sobre o tema.
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