Biocapacidade, segundo a WWF (World Wide Fund for Nature), é a possibilidade dos ecossistemas proverem matéria biológica para utilização humana e absorverem os resíduos – gerados direta ou indiretamente – pela humanidade, usando as atuais formas de manejo do solo e tecnologias de extração.
A biocapacidade leva em consideração seis principais grupos de produção que sustentam a vida humana na Terra:
A biocapacidade, ou capacidade biológica, de um ecossistema é a estimativa da produção de recursos naturais expressa em hectares globais por pessoa; portanto, depende da população humana.
Um hectare global (dentro do conceito de biocapacidade) é uma unidade que representa a produtividade biológica média de todos os hectares produtivos na Terra em um determinado ano (porque nem todos os hectares produzem a mesma quantidade de serviços ecossistêmicos). A biocapacidade é calculada a partir da população e dos dados de uso da terra, e pode ser estimada em vários níveis regionais, como uma cidade, um país ou o mundo como um todo.
Em 2008, por exemplo, havia 12 bilhões de hectares de terra e água biologicamente produtivas no planeta. Dividindo-se o número de pessoas vivas naquele ano (6,7 bilhões), deu, como resultado, uma biocapacidade de 1,8 hectares globais por pessoa. Mas isso pressupondo-se que nenhuma das terras sejam utilizadas para outras espécies que consumam o mesmo tipo de recurso biológico que os humanos.
A biocapacidade está relacionada com a demanda por terras, o desmatamento e a gestão da oferta e demanda dos recursos ecológicos. Sendo assim, a biocapacidade depende, também, da disponibilidade dos recursos ecológicos de cada região.
Se as terras destinadas à agricultura são de um país de clima frio, por exemplo, elas podem ser menos produtivas do que as terras agrícolas de um país de clima quente, o que tornará a biocapacidade de cada país mais ou menos produtiva, dependendo do tipo de cultura ali cultivado e das condições climáticas (entre outros fatores que afetam o aproveitamento da terra).
O aumento da produtividade do cultivo, mesmo que em terras menores, pode aumentar a biocapacidade.
A biocapacidade se relaciona com a pegada ecológica; ambas foram criadas pela Global Footprint Network e podem ser utilizadas em conjunto para medir o impacto humano no meio ambiente.
Para entender melhor o conceito de pegada ecológica dê uma olhada na matéria: “O que é pegada ecológica?“
Um déficit de biocapacidade de uma região ou país ocorre quando a pegada ecológica de uma população excede a biocapacidade da área disponível para aquela população.
Se houver um déficit de biocapacidade regional ou nacional, a região pode acabar importando biocapacidade por meio do comércio. Entretanto, o déficit global de biocapacidade não pode ser compensado.
De acordo com dados de 2014, o Brasil é um país com mais biocapacidade do que pegada ecológica. Entretanto, o país não está imune aos impactos da sua crescente pegada ecológica, tais como exploração intensiva de terra, desmatamento e mudança do clima. Em um mundo de restrições ecológicas, a gestão da oferta e demanda dos recursos ecológicos são fundamentais para a viabilidade de uma nação, estado ou mesmo de um município. A contabilidade da pegada ecológica e da biocapacidade ajuda os tomadores de decisão, políticos e cidadãos a decidirem suas ações e definirem um melhor destino para o planeta como um todo. A Pegada Ecológica do Estado do Acre
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