Campanha promovida por Embrapa e WWF-Brasil quer evitar o desperdício de alimentos na etapa de consumo
A campanha #SemDesperdício foi lançada no final de 2016 pela Embrapa, em parceria com o WWF-Brasil, e busca conscientizar o público para os impactos do desperdício de alimentos. De caráter permanente, a campanha tem seu foco na mudança comportamental, buscando reduzir a estatística de que 28% de todo o desperdício de alimentos acontece na etapa do consumo.
Mobilizada pela internet, a campanha incentiva o uso da hashtag #SemDesperdício e traz materiais sobre o tema em seu site semdesperdicio.org. O público é chamado a participar do desafio “Uma Mania a Menos”, em que a pessoa recebe um e-mail diário ao longo de dez dias com dicas para reduzir o desperdício de alimentos dentro de casa.
Na primeira fase da campanha, celebridades como a nutricionista Bela Gil aderiram à causa, utilizando a hashtag #MinhaGastromania e estimulando seus seguidores a postar sobre manias na cozinha. Youtubers também participaram da iniciativa. Confira o vídeo-convite do desafio:
Reduzir desperdício é economizar dinheiro e recursos naturais
Gustavo Porpino, analista da Embrapa, acredita que a campanha contribui para despertar o interesse da sociedade por um tema com implicações sociais, econômicas e ambientais.
“O desperdício na etapa de consumo é o mais danoso em termos de perdas de recursos financeiros e naturais. Quando o alimento é descartado no final da cadeia, perdem-se também todos os esforços de pesquisa, insumos e investimentos logísticos necessários para produzir e levar o alimento até o consumidor”, declarou.
A crescente necessidade por alimentos, principalmente em função de padrões de consumo de países desenvolvidos, é uma das maiores ameaças para o futuro do nosso planeta, pontua Edegar Rosa, coordenador do programa Agricultura e Alimentos do WWF-Brasil.
Os dados mais recentes, de 2018, mostram que cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçadas mundialmente a cada ano, ocupando entre 25% a 30% da área agricultável no mundo e ainda emitindo gases de efeito estufa.
“A pressão que exercemos sobre a Terra pode ser reduzida e é nosso papel alertar, informar e envolver a sociedade para mudar essa realidade”, concluiu Rosa.
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