O coletivo Escuta Preta, formado por estudantes negros do Instituto de Psicologia (IP) da USP, promove neste mês uma semana de debates sobre questões raciais. A I Semana de Psicologia Preta do IP-USP acontece do dia 9 ao 14 de novembro, com encontros virtuais de cerca de uma hora e meia de duração. As mesas virtuais da I Semana de Psicologia Preta do IP-USP serão transmitidas pelos canais do coletivo no YouTube e no Instagram. Não é necessário fazer inscrição, pois as atividades são abertas a todas as pessoas. Os interessados poderão pedir certificados.
As mesas tratarão de temas como os impactos da covid-19 e o autocuidado para a população preta, as relações étnico-raciais no mercado de trabalho e a saúde mental da população indígena. Todas terão a participação de debatedores convidados, incluindo professores do IP e profissionais da área, além do rapper GOG e da jornalista Sanara Santos, que integra a equipe residente da Énois Conteúdo.
Formado em 2019, o coletivo Escuta Preta reúne estudantes para compartilhar experiências, conversar sobre as relações raciais dentro da Universidade e debater o que seria desejável para a formação de profissionais antirracistas e anticolonialistas. “Mesmo com tão pouco tempo de existência já realizamos eventos importantes dentro da USP e, no ano em que o Instituto de Psicologia comemora os seus 50 anos de existência, faremos a primeira Semana de Psicologia Preta. Fico muito orgulhoso de fazer parte desse grupo de pessoas incríveis”, destaca Andreone Teles Medrado, membro fundador do coletivo e doutorando no Departamento de Psicologia Experimental.
De acordo com Medrado, o principal objetivo do evento é promover reflexões sobre os caminhos que podem ser traçados dentro e fora da Universidade para motivar mudanças individuais e estruturais na área de trabalho e estudos da Psicologia, além de trazer para o debate a importância de se falar sobre uma psicologia racializada. “É muito importante, além de urgente, dialogar sobre as relações étnico-raciais dentro do Instituto de Psicologia na USP, o qual ainda carece de debates e de letramento étnico-racial, uma vez que não temos sequer uma disciplina obrigatória que aborde essas questões; isso em um país em que mais de 50% da população é negra, com pessoas pretas e pardas”, explica.
Acompanhe o evento pelo Facebook, neste link, e as transmissões da Semana no canal do YouTube: www.youtube.com/channel/UC9I1hzzR8RM2XOMILfExRxw
Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos.
Saiba mais