Equipamento promete comodidade, funcionalidade, economia e segurança ao ciclista além de preservar a natureza
À primeira vista esse capacete não demonstra grande atrativo, ao menos estético, para o consumidor. Mas devemos lembrar também que equipamentos de segurança não são considerados referência no mundo da moda, e esse capacete não é exceção. No entanto, com ele você poderá contribuir com uma causa nobre: a diminuição dos impactos do consumo sobre o meio ambiente. Isso porque o produto é fabricado a partir de jornais reciclados, forma bacana de reaproveitar o papel dando continuidade ao ciclo de vida do material.
O conceito do Paper Pulp Helmet (ou Capacete de Polpa de Jornal, tradução livre) foi criado por um grupo de artistas com a intenção de garantir segurança e comodidade aos ciclistas de um programa de compartilhamento de bicicletas em Londres, semelhante ao Bike Sampa ou Bike Rio.
Os criadores dos capacetes: Tom Gottelier, Bobby Petersen e Ed Thomas, todos graduados no Royal College of Art de Londres, acreditam que os equipamentos são realmente úteis para segurança, além de poderem ser vendidos por apenas £1 (R$ 3,40) em lojas ou máquinas automáticas próximas às estações das bicicletas, tornando assim mais prático o uso do serviço.
Além do valor de venda acessível, por ser fabricado a partir da polpa extraída de jornais abandonados em estações de metrô e ônibus, o equipamento contribui de forma importante para a preservação do meio ambiente. Após transformar o jornal em matéria prima, esta é moldada em uma cesta de frutas cujo formato se assemelha ao dos capacetes tradicionais de bicicletas. Após secagem, uma cinta é encaixada de maneira que o ciclista possa prender fixar o capacete no queixo, garantindo-lhe maior segurança. Pronto! Simples assim.
Importante destacar que tais capacetes também são resistentes à chuva, tendo em vista que à fórmula se misturam pigmentos adesivos orgânicos, fazendo com que o capacete de jornal preserve suas características por cerca de 6 horas de exposição contínua à água. E, quando acabar por ser inutilizado, destaque para outro ponto importante: o objeto poderá ser mais uma vez processado e dar forma a novos capacetes.
Ainda assim você poderá dizer que o capacete parece frágil, que não irá lhe proteger em caso de acidente. O que poderia parecer uma afirmação válida é argumento imediatamente rechaçado pelo criador do produto, Bobby Peterson, ao garantir que testes iniciais indicaram que os capacetes são seguros e que seguem rigorosas normas de segurança europeias.
É um conceito interessante, pois além de barato, pode ser uma mão na roda para quem quiser usufruir do programa de compartilhamento de bicicletas sem precisar se programar muito antes de sair de casa, tornando-o mais acessível.