Loja
Apoio: Roche

Saiba onde descartar seus resíduos

Verifique o campo
Inserir um CEP válido
Verifique o campo

Cientistas desenvolvem, através da biomimética, um modelo de adesivo para facilitar cirurgias cardíacas

O Brasil é o segundo país do mundo em cirurgias cardíacas, de acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), totalizando cerca de 102 mil cirurgias/ano. Com esse número, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, que realizam 300 mil cirurgias/ano.

Devido à grande quantidade de cirurgias realizadas nos Estados Unidos, pesquisadores desse país foram buscar alternativas para substituir as suturas e grampos comumente utilizados durante o processo, pois tais itens não cumprem tão bem suas funções, apresentando riscos à saúde dos pacientes. Inicialmente, uma possibilidade era a utilização de adesivos para selar o tecido, mas algumas substâncias disponíveis atualmente não funcionam na presença do sangue, não suportam a pressão do bombeamento do coração, apresentam toxicidade em sua composição ou não possuem aderência suficiente para a utilização.

“Por que não olhar para a natureza?”, foi o que pensou uma equipe de pesquisadores internacionais. A partir de então, iniciou-se uma busca por animais que possuíssem características necessárias para desenvolver um novo tipo de adesivo que não fosse tóxico e selasse muito bem os tecidos humanos. Entre os animais examinados estavam lesmas, vermes de areia e muitos insetos, pois esses organismos liberam secreções com aderência mesmo em um recipiente molhado.

E assim, por meio da biomimética, foi desenvolvido um adesivo elástico, biocompatível e hidrofóbico, que é ativado quando exposto a raios ultravioleta. Quando fixado no lugar apropriado, ele sela o tecido e não é comprometido pela pré-exposição ao sangue, é resistente e flexível o suficiente para suportar o fluxo de bombeamento do coração e é biodegradável.

Esse novo modelo de adesivo poderá ser utilizado em aplicações cardiovasculares e cirúrgicas, com aplicação imediata na reparação de problemas vasculares e hemostasia, principalmente em cirurgias minimamente invasivas, visando cada vez mais reduzir as complicações pós-operatórias, o tempo de recuperação e o desconforto do paciente.

O adesivo, batizado com o comprido nome de “Adesivo cirúrgico resistente à sangue para reparações minimamente invasivas de vasos e problemas cardíacos“, já foi testado com sucesso em porcos, mas precisará passar por mais testes para se certificar como uma alternativa segura em humanos.

Fonte: Scientific American

Veja mais:
Biomimética: a ciência que se inspira na natureza
Anel com relógio embutido funciona com tecnologia sustentável
Chapa de vidro inspirada no funcionamento de teias de aranha evita colisões de passáros
Tal como osso, material se regenera para “consertar” lesões
Biopesticidas pode ser boa alternativa ao uso de agrotóxicos
Tecnologia inovadora pode diminuir o desperdício de energia
Agência americana pode banir gordura trans dos alimentos
Exercitar o corpo em grandes cidades pode prejudicar a saúde?


Utilizamos cookies para oferecer uma melhor experiência de navegação. Ao navegar pelo site você concorda com o uso dos mesmos. Saiba mais